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Vacinação prioriza profissionais da saúde que estão na linha de frente de combate ao coronavírus

Por determinação do Ministério da Saúde, a prioridade do imunizante será para os trabalhadores que lidam diretamente com pacientes de covid-19 em pronto-atendimentos e hospitais

Foto: Erasmo Salomao/Ministério da Saúde

Nem todo trabalhador da saúde está no grupo prioritário para receber a vacina contra a covid-19. O critério, neste momento, é que só receberão a dose da CoronaVac aqueles que estão na linha de frente contra a doença, lidando diretamente com pacientes infectados por coronavírus nas enfermarias e UTIs. Nesta primeira fase da imunização, o Espírito Santo espera vacinar 42.273 desses profissionais.

O recorte é uma determinação do Ministério da Saúde e é seguida pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). A presença desses profissionais e também de pronto-atendimentos e unidades hospitalares de referência em covid-19 é que também vai determinar quais municípios receberão as doses do imunizante e o quantitativo.

De acordo com o secretário de Saúde, Nésio Fernandes, cada município vai receber uma quantidade de doses referente à necessidade neste primeiro momento. “Municípios que possuem hospitais de referência, unidades de saúde exclusiva para covid-19 e que possuem uma grande quantidade de instituições de longa permanência de idosos irão receber uma quantidade maior de vacinas. Não porque o município está sendo privilegiado, mas por ele possuir um maior número da população alvo nesse primeiro momento”, afirmou, durante uma entrevista à TV Vitória/Record TV.

“Os demais municípios deverão receber poucas quantidades, pois devem vacinar, basicamente, os trabalhadores que atuam nas salas de vacina e algumas outras populações muito reduzidas. Diversos municípios podem receber poucas quantidades de vacina, cerca de 50 a 100 doses”, explicou o secretário.

Trabalhadores

No momento, não é possível vacinar todos os profissionais de saúde. “Está previsto o início da imunização priorizando os profissionais das unidades que atendem pacientes com sintomas respiratórios.  Precisaríamos pelo menos de 200 mil doses para todos e mais 200 mil para a população idosa. As doses disponibilizadas até o presente momento estão sendo preservadas para aplicar as duas doses na mesma população, pois não há garantia que novas vacinas vão chegar em até 28 dias”, afirmou.

Novo lote

Um novo lote de doses da vacina contra a covid-19 deve chegar ao Espírito Santo até o início de fevereiro. De acordo com o secretário, há essa expectativa para que haja uma aceleração na campanha de imunização. “Depende do trâmite da Anvisa, juntamente com o Ministério da Saúde. Esperamos que até o início de fevereiro este novo lote já esteja disponível para que possamos garantir a vacina a uma nova etapa da população”, disse.

Segundo Nésio Fernandes, uma campanha mais ampla deve ocorrer somente depois de mais de 30 dias. “Possivelmente, uma franca campanha de imunização, na velocidade que temos hoje, possa ocorrer somente a partir do final de fevereiro ou início de março”, afirmou.

Distribuição

A partir da manhã desta terça-feira (19), as doses foram destinadas às Centrais Regionais de Saúde de Cachoeiro de Itapemirim, Colatina e São Mateus para distribuição aos municípios capixabas, que iniciaram a distribuição aos municípios do interior. Também nesta terça, os municípios de Vitória, Vila Velha, Cariacica e Serra receberam as doses para iniciar a campanha.

Apesar de ser um passo importante para o enfrentamento da doença no Espírito Santo e no Brasil, Nésio Fernandes ressalta que a quantidade de doses iniciais são suficientes apenas para uma pequena parcela da população. “Elas são suficientes apenas para 1,2% da população capixaba. Estamos começando pela prioridade das prioridades do público-alvo. Ainda não há uma campanha de vacinação aberta para a população em geral. Cada município pode fazer uma estratégia diferenciada para alcançar a população no momento oportuno”, disse.