A falta de chuva e a queda na vazão dos rios que abastecem a Grande Vitória voltam a trazer preocupação sobre a distribuição de água na região. Em duas semanas, a vazão do Rio Jucu reduziu de 7.010 para 6.962 litros por segundo.
Para o ambientalista Eduardo Pignaton, a vazão está bem próxima da crítica, que é de 5.292 litros por segundo. “O rio está perdendo muita água e muito rápido e a tendência é de que em uma semana entraremos novamente em racionamento”.
Segundo Pignaton, a situação é um pouco mais confortável no Rio Santa Maria, onde a Cesan capta água para abastecimento da região metropolitana. A vazão atual do rio 2.686 litros por segundo. A situação é abaixo da crítica, que é de 3.800 litros por segundo, mas o rio ainda conta com um reservatório.
“Neste rio dá para planejar três ou quatro meses de uso dessa água. Se não chover, também vai entrar em racionamento porque tem que se reservar a água”.
Nos três últimos meses de 2016, o Governo do Estado implantou o rodízio no abastecimento de água na região metropolitana. Um milhão e 700 mil moradores de Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica, Viana, Serra e Fundão economizaram 15% da água captada do rio Santa Maria e 12% da retirada do Rio Jucu.
Há duas semanas, a Cesan decretou cenário de alerta no Rio Jucu e proibiu a captação de água das cinco horas da manhã até as seis da tarde, desde que não seja para abastecimento humano.
Por meio de nota a Cesan informou que a reserva na represa de rio Bonito está dentro dos padrões desejáveis e por isso não há previsão de racionamento para os bairros atendidos pelos rio Santa Maria da Vitoria.
Já no rio Jucu, segundo a Cesan, apesar do estado de alerta, a vazão ainda permite o abastecimento normal à população. Mas a empresa não descarta retornar com o rodízio no abastecimento de água e orienta que a população evite o desperdício e faça o consumo racional da água.