Em menos de 24 horas, dois ônibus da Viação Lorenzutti apresentaram problemas nos freios e os acidentes quase terminaram em tragédia. Nos últimos dias 4 e 5 de fevereiro, os veículos, que cumpriam itinerário no distrito de Buenos Aires, região rural de Guarapari, perderam o controle quando os motoristas transitavam numa ladeira.
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Os condutores arremeteram os coletivos para um barranco, o que interrompeu o percurso e evitou uma colisão de maiores proporções. Por sorte, nos dois casos, ninguém ficou ferido.
Os acidentes geraram críticas à empresa e à fiscalização por parte da prefeitura da cidade. O vereador Rodrigo Borges (Republicanos) acionou o Ministério Público do Espírito Santo (MPES) para que os envolvidos se posicionem sobre os casos.
“Eu entrei com o questionamento no MPES porque são casos extremos de problemas mecânicos no transporte público. O prefeito tem que cobrar a revisão e a manutenção da frota. Pedi a ele todas as revisões que a empresa deve apresentar à Prefeitura de Guarapari e conto com o Ministério Público, para que me ajude na fiscalização porque são as vidas das pessoas que estão em jogo”, explicou.
Ele encaminhou ofício questionando a periodicidade das vistorias nos ônibus, o responsável, quantos coletivos foram vistoriados e quantos apresentaram problemas, além de apontar quais providências foram tomadas.
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O MPES, por meio da Promotoria de Justiça de Guarapari, notificou tanto a prefeitura quanto a empresa para apurar “suposta ausência de fiscalização da Prefeitura de Guarapari quanto a frota de ônibus da Empresa Lorenzutti”.
Ambas terão 10 dias úteis para responder a partir do recebimento da notificação.
O que diz a Prefeitura de Guarapari
A Prefeitura de Guarapari respondeu que, através da Secretaria de Postura e Trânsito(Septran), recebeu a notificação e terá 10 dias para responder ao MPES. “A empresa foi notificada, mas até o momento não respondeu formalmente à Septran”, acrescentou.
O que diz a Viação Lorenzutti
Procurada, a empresa respondeu que todos os seus ônibus são submetidos a manutenção preventiva e corretiva, sendo que a manutenção preventiva é realizada quinzenalmente, enquanto, que a manutenção corretiva é realizada para casos em que o motorista percebe algum defeito e comunica a empresa para a devida correção.
“Além disso, orienta sempre aos motoristas que são profissionais habilitados e capacitados para transporte de passageiros, que em qualquer sinal de dificuldade na condução do veículo, o motorista deve agir dentro das normas de direção defensiva e preventiva de acidentes, em especial em trechos longos de descidas íngremes como é o caso de Buenos Aires”, destacou.
A Lorenzutti afirma que, em ambas os casos, os passageiros foram realocados para outro veículo da empresa e puderam seguir viagem.
“A empresa destaca ainda que quanto a demanda encaminhada pelo Ilmo Vereador Rodrigo Borges e pelo MPES, serão respondidas no prazo legal estabelecido, esclarecendo os fatos solicitamos”, acrescentou.