Um padre da Igreja Ortodoxa Russa foi afastado de suas funções pelo período de um ano. A decisão ocorre depois que um vídeo divulgado nas redes, no qual ele aparece tentando realizar o batismo de uma criança de forma violenta. A mãe do bebê, que tentou impedir a ação do sacerdote, apresentou queixa à polícia.
De acordo com o site Radio Free Europe, a cerimônia aconteceu no último sábado (10), em uma igreja na cidade de Gatchina, a 40 quilômetros ao sul de São Petersburgo. As imagens mostram o padre, identificado como Foty, forçando a imersão da cabeça de um menino de 1 ano de idade em uma pia batismal.
Durante a ação do sacerdote, a mãe do bebê, que não foi identificada, tentou tirar a criança das mãos do padre, mas foi impedida pelo mesmo. Em um determinado momento, o sacerdote parece cobrir o nariz e a boca do menino, em uma aparente tentativa de sufocar os gritos da criança.
Na postagem realizada em uma rede social, um canal de notícias local afirmou que a criança estava “quase morta”, e que o corpo do garoto sofreu contusões e escoriações.
No mesmo dia, a diocese de Gatchina, responsável pelo sacerdote, emitiu um pedido oficial de desculpas do bispo local e anunciou que o padre Foty havia sido banido dos deveres ministeriais, impedido de usar as vestes próprias do sacerdócio e que não pode dar bênçãos por um ano.
“A alta posição do clérigo obriga seu portador a servir à imagem do Bom Pastor – nosso Senhor Jesus Cristo – e a realizar todas as ações sagradas reverentemente, com o temor de Deus e uma atitude sensível para com os filhos da igreja”, diz o comunicado.
Ao se defender, durante entrevista ao Canal 5, o padre disse que os pais da criança não estavam familiarizados com os ritos da igreja e que o significado do batismo, como deveria ser realizado, não havia sido explicado. Conforme os ritos da igreja, ele disse que pretendia imergir a cabeça da criança três vezes. “O batismo com uma pequena quantidade de água só é permissível em casos de doença grave ou perigo mortal para a criança”, disse o sacerdote.
A mãe procurou a polícia e prestou queixa, que segue sob investigação.