Após o desabamento de parte da calçada da Praia da Areia Preta, em Guarapari, uma outra parte da estrutura começou a ceder na tarde desta sexta-feira (18). Um restaurante que fica próximo ao local precisou ser interditado.
Imagens de pessoas que estiveram na região, nesta sexta-feira, foram registradas e enviadas à equipe de jornalismo da Rede Vitória. Os vídeos mostram que a parte da calçada que começou a ceder fica bem próxima à que já havia desabado.
Segundo testemunhas, a nova rachadura se formou pouco antes das 16 horas. A área foi interditada pela Defesa Civil de Guarapari.
‘Cratera’ se formou em outro trecho da calçada
Bem próximo ao local, um muro de arrimo da calçada da Praia da Areia Preta já havia começado a ceder por causa das rachaduras e do avanço do mar. Parte da estrutura de um prédio que fica próximo pode ser afetada.
Além disso, um poste de energia elétrica que fica na calçada, próximo a um prédio, corre o risco de cair. Ele teve a energia cortada.
O trecho da calçada que apresenta problemas na estrutura já estava interditado desde o início da semana. A situação foi agravada na tarde de quinta-feira, com a formação de uma cratera na estrutura.
Na manhã desta sexta-feira, equipes do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) realizaram uma nova vistoria no local para avaliar os risco de colapso da estrutura diante da movimentação do muro.
“A situação evoluiu e o muro já começou a se deslocar. Com isso, aumentaram os riscos para a população que circula na região e para os empreendimentos no entorno”, disse o presidente do Crea-ES, Jorge Silva.
O gerente de relacionamento institucional do Crea-Es, Giuliano Battisti, acompanhou a vistoria no local, durante a manhã. Ele explicou que os técnicos estão avaliando os riscos
“Na segunda-feira, fizemos uma análise de risco, que indicava que próximo ao edifício ainda existia solo, diferente da área próximo ao mar. Contudo, o solo está sendo violentamente drenado para o mar, com risco de rompimento de tubulações de esgoto e contaminação na água. Além disso, o edifício pode ter algum risco na sua estrutura, que ainda está em avaliação”, explicou.
O presidente do Crea-ES afirmou ainda que está em contato com a Defesa Civil e com a prefeitura para buscar soluções para o problema.
O que diz a prefeitura
A Secretaria Municipal de Obras Públicas e Urbanas (Semop) informou que esteve no local e fez um levantamento técnico para contratação de empresa capacitada para realização do serviço.
Ainda de acordo com a prefeitura, a EDP, concessionária responsável pelo fornecimento de energia elétrica, foi acionada para fazer o desligamento da rede elétrica. A Defesa Civil Municipal mantém o local interditado por segurança.
A EDP, por sua vez, informou à prefeitura que enviará uma equipe ao local, na manhã deste sábado (19), para retirar o poste.