Manifestantes fecharam os dois sentidos do km 17 da BR-447, no Trevo de Capuaba, em Vila Velha, na noite desta quarta-feira (11). Eles protestaram após a morte de Kaike Ariel da Silva, que morreu em confronto com a Polícia Militar na madrugada de 2 de outubro.
Os manifestantes carregavam cartazes com frases que diziam “Luto por Kaike” e “Parem de Nos Matar”. A interdição teve início por volta das 17h, a via começou a ser liberada depois das 19h15.
As pessoas que se reuniam no local pediam a presença da imprensa para que a via fosse liberada.
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PM afirma que jovem morto estava armado com pistola
A morte do jovem teria acontecido durante uma troca de tiros. De acordo com o comandante-geral da Polícia Militar do Espírito Santo, coronel Douglas Caus, policiais teriam sido recebidos a tiros por criminosos armados no bairro Ilha da Conceição.
“A Força Tática estava em patrulhamento, na região da rua Inácio Higino, que é uma região de intenso tráfico de drogas, e criminosos portando armas de fogo. Em determinado momento ouvimos disparos, em um local conhecido como valão, visualizaram diversos criminosos armados, que atiraram contra os policiais, que revidaram”, afirmou.
Ainda de acordo com a PM, o jovem foi encontrado com uma pistola glock 9mm. Kaike chegou a ser socorrido e levado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Durante os protestos na tarde desta quarta-feira, alguns manifestantes contestavam a versão da polícia. Algumas pessoas carregavam cartazes que indagavam “onde está a arma?”
Família contesta versão da Polícia
Na época, a família de Kaíke afirmou que o rapaz não tinha envolvimento com o tráfico de drogas e com nenhum outro tipo de crime e que não reagiu à abordagem policial.
“Ele não teve nenhuma reação, deixou a moto parada. Eles deram dois tiros na cabeça dele, já chegaram atirando, ele correu”, disse Aniele Cristina da Silva, irmã do jovem.
O comandante-geral da Polícia Militar, no entanto, disse que Caíque contava com ficha criminal e já havia sido preso por tráfico de drogas e roubo.
“Não procede, porque ele foi preso caído, baleado, com uma pistola 9mm Glock, já teve passagem por porte ilegal de arma, roubo, tráfico de drogas e em outra feita, outros indivíduos atentaram contra a vida dele pela disputa territorial naquela região”, disse.
Ônibus não circularam no dia seguinte ao confronto
Por conta do confronto, ônibus não entraram nos bairros no dia seguinte por conta da segurança dos funcionários e dos próprios passageiros dos coletivos.
Quem utilizou o serviço, precisou desembarcar no bairro Alecrim, que fica a cerca de 3km de distância de Ilha da Conceição, o que causou revolta em alguns usuários.
Assista ao vídeo da manifestação:
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