
A coordenadora de Vigilância em Saúde do Estado, Gilsa Rodrigues, se pronunciou sobre a denúncia a respeito do vazamento de radiação na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Guarapari e disse que essa semana as devidas providências serão tomadas.
De acordo com a coordenadora, o município de Guarapari é o responsável por todas as ações de vigilância sanitária na cidade. Gilsa disse também que ainda nesta semana, a vigilância estadual vai até o município para verificar a situação e analisar o que será feito.
O Conselho Regional de Radiologia do Espírito Santo foi procurado, mas até o fechamento da matéria, ninguém atendeu às ligações e não responderam ao e-mail encaminhado.
Entenda o caso
Um problema praticamente invisível, que coloca em risco a saúde de trabalhadores e usuários da unidade de pronto atendimento do município de Guarapari. A falta de cuidado na instalação da sala de radiologia permite o vazamento de radiação e quem circula pelo local está exposto aos raios x, sem controle, e sem saber dos perigos.
Inaugurada em 2010, A UPA de Guarapari é referência em urgência e emergência na região. Um dos serviços mais requisitados é a radiologia. Embora a Unidade de Pronto Atendimento tenha sido inaugurada em 2010, o aparelho de raio x utilizado para a realização dos exames é bem mais antigo. A idade não seria problema se estivesse tudo em ordem.
Um aviso improvisado no aparelho alerta o operador para o risco de explosão. Mas o problema mais grave é invisível. As paredes deveriam ser blindadas, o que significa que nenhuma radiação deveria passar para o lado de fora. A equipe da TV Vitória fez um teste com uma moeda de 1 real e uma chapa de radiografia. A chapa foi levada para o lado de fora e a máquina foi acionada pelo tempo normalmente usado para uma radiografia de coluna. Ao revelar a chapa, o contorno da moeda estava no exame, um indício grave de que a radiação está passando pela parede.