Pouco mais de uma semana após o acidente envolvendo um avião de pequeno porte, que caiu num bairro residencial de Belo Horizonte, moradores e familiares da quatro vítimas prestaram homenagem neste sábado (26). Uma concentração foi feita às 10h, na Praça Mirassol, no bairro Caiçara, para um culto ecumênico, e depois seguiram em direção à academia que fica na rua Minerva e foi atingida pela aeronave.
O acidente aconteceu na última segunda-feira (21), quando um monomotor que iria para Ilhéus, na Bahia, caiu poucos segundos depois de decolar do Aeroporto Carlos Prates, na região Noroeste de Belo Horizonte. Quatro pessoas morreram e duas ficaram feridas na queda.
Esse foi o segundo acidente em seis meses. Em maio um outro monomotor também decolou do aeródromo e caiu na mesma rua. Na ocasião, o piloto morreu. Desta vez, o acidente foi ainda mais grave.
Dois pedreiros que seguiam para o trabalho foram atingidos na queda da aeronave e morreram. O piloto do avião, Allan Duarte, de 29 anos, e um passageiro também não resistiram. Outros dois passageiros tiveram queimaduras e estão internados em estado grave no Hospital João 23, no centro da capital mineira.
O Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) investiga os dois acidentes.
Fechamento do aeroporto
Com um segundo acidente grave em um intervalo de apenas seis meses, moradores do bairro Caiçara e de bairros vizinhos começaram a se mobilizar para reivindicar o fechamento do Aeroporto Carlos Prates. Uma petição online foi criada e cerca de 20 mil pessoas assinaram o pedido.
O Ministério Público Federal em Minas Gerais abriu, no ano passado, um procedimento para investigar as denúncias. Outros dois inquéritos também correm no órgão. Um sobre a poluição sonora gerada pela movimentação das aeronaves sobre as casas do bairro Caiçara e outro sobre o licenciamento ambiental no local.
Com informações do Portal R7.