Geral

Vitória 466 anos: no aniversário da Capital, conheça um pouco da história da cidade e dos povos que escolheram a ilha como lar!

A partir desta segunda-feira (4) até o dia do aniversário de Vitória (8), o Folha Vitória vai publicar uma série com a história de diferentes povos que tornam a cidade um lugar mais plural

Vitória 466 anos: no aniversário da Capital, conheça um pouco da história da cidade e dos povos que escolheram a ilha como lar!

De localização privilegiada, cheia de belezas naturais, com uma geografia ímpar e várias vistas espetaculares, Vitória encanta e impressiona seus moradores e visitantes.

Fundada pelos portugueses em 8 de setembro de 1551, após uma difícil batalha contra os índios que viviam por aqui, a “Cidade Sol, com o céu sempre azul”, como canta o compositor Pedro Caetano, foi uma das primeiras cidades que surgiram após a chegada dos colonizadores e é uma das capitais mais antigas do Brasil.

Desde o início de sua história, a capital capixaba tem uma formação populacional interessante, formada por vários povos: além dos índios que já estavam por aqui e os colonizadores portugueses, negros de diversas partes da África, sírios, libaneses, alemães, italianos, gregos, coreanos, japoneses e membros de diversas outras nacionalidades vieram para Vitória e se tornaram responsáveis e fundamentais para a composição histórica e populacional da cidade.

De acordo com o historiador Paulo Stuck, a Ilha de Vitória passou a ser habitada por portugueses já nos primeiros anos após a chegada de Vasco Coutinho. Antes disso, os povos que habitavam originalmente a região pertenciam à etnia tupiniquim, um subgrupo da nação tupinambá. “Com a chegada dos portugueses, muitos tupiniquins foram convertidos pelos padres e foram se integrando à população lusitana”. Em 1537 Duarte Lemos, que recebeu a Ilha do donatário Vasco Fernandes Coutinho, já havia criado, além de sua fazenda, a Capela de Santa Luzia.

Já no final do século XVI, foi a vez dos negros chegarem à Ilha para trabalhar nos engenhos de açúcar, e, um pouco mais tarde, também para trabalhos domésticos. No século XIX, chegou à região uma leva de açorianos, mas foram direcionados para onde fica hoje o município de Viana.

Ainda Segundo Stuck, outras nacionalidades só começaram a chegar ao Espírito Santo em meados do século XIX, como os germânicos direcionados a Santa Isabel e Domingos Martins e depois Santa Leopoldina. “No fim do século XIX, começaram a chegar os italianos. Alguns desses imigrantes acabaram por se fixar em Vitória, dedicando-se em geral, ao comércio ou a pequenas indústrias como é o caso de alguns imigrantes alemães, mas a maioria foi mesmo direcionada para as colônias existentes no interior da então província, para trabalhar na lavoura”, conta.

Já no início do século XX, de acordo com o historiador, foi a vez dos sírios-libaneses, que vão se dedicar ao comércio quase que exclusivamente. “Na segunda metade do século XX, num período de erradicação do café e com o início dos grandes projetos de industrialização, ocorre a migração de muitos habitantes do interior do estado, mas também muitos de estados vizinhos, principalmente de Minas Gerais, que é o maior contingente de migrantes fixados no Espírito Santo”.

O historiador destaca ainda que a população de Vitória, que tinha crescido pouco mais de três vezes, entre 1872 e 1950 (de 16.157 para 50.922 habitantes), cresceu, nos próximos 40 anos (entre 1950 e 1991), cinco vezes, passando daqueles 50.922 para 258.243 habitantes. Atualmente, conforme dados recentes do IBGE, a cidade conta com mais de 360 mil habitantes.

Durante toda esta semana, o Folha Vitória vai contar um pouco da história de algumas pessoas desses povos, da chegada deles a Vitória, da inserção deles na comunidade, os motivos para terem escolhido a cidade como moradia e o que mais lhes agrada na “Ilha do Mel”. Acompanhem!