Uma área revitalizada, com praças arborizadas, iluminação, segurança, bancos, ruas de pedestres e ciclovia à disposição do cidadão. O terreno, que fica nas imediações do Shopping Vitória próximo ao acesso à Ilha do Boi, vai ter uma área pública de 16 mil metros quadrados.
“O projeto prevê a entrega de uma área totalmente revitalizada, que vai mudar completamente a paisagem da região”, afirmou o porta-voz do Grupo Buaiz, Fabio Brasileiro. O investimento será de R$ 12 milhões e o objetivo é valorizar a área e melhorar a segurança dos frequentadores.
“Só pelo fato de mudar a paisagem do local já é uma forma de inibir a prática de atividades ilegais e favorece toda a região do entorno”, disse o professor de Urbanismo da UVV, Giovanilton Ferreira.
O projeto é assinado por Diocelio Grasselli e pelo Escritório de Paisagismo Burle Marx. Contou com mais de 20 profissionais, entre eles dois australianos, segundo Grasselli. Ele disse que a ideia foi priorizar o pedestre, fazendo espaços lineares e para atender os moradores da vizinhança. “Gente que caminhava no calçadão ficava com medo de passar por ali. Com a revitalização, o espaço vai ficar bem mais seguro”.
A região hoje tem pouca iluminação e é marcada pelo consumo de drogas e infraestrutura deficiente para praticantes de esportes e moradores de bairros vizinhos. Somente em 2019 foram 146 roubos a patrimônio, 102 furtos e duas tentativas de homicídio na Enseada de Suá, segundo registros da Polícia Militar.
“Ter espaços públicos em uma região é sempre muito importante. Fizemos um trabalho com os alunos na região da Praia do Suá e uma das solicitações dos moradores é um espaço para eles, que o bairro não tem. Tem a Praça do Papa, que é uma área com um objetivo específico, de receber eventos. Por isso é importante estabelecer áreas públicas em conformidade com as atividades que são exercidas pela comunidade da região e as características do local”, disse o professor Giovanilton.
Grasselli também chamou a atenção para a forma mais limpa de paisagismo, que favorece a convivência e o aproveitamento do local. “Optamos por colocar a iluminação com cabeamento todo subterrâneo, que deixa o ambiente mais agradável do que áreas que possuem aquele emaranhado de fios nos postes. Apesar de ser um investimento muito maior, consideramos que não ter fios aparentes está muito mais de acordo com o que pensamos para o projeto”.
Serão duas ruas de pedestres, calçadas cidadãs, 125 novos postes com fiação subterrânea, 30 bancos, 175 árvores adultas e a melhoria na calçada e ciclovia próximas ao acesso à Ilha do Boi. Um tapume vai isolar o local durante as obras, que devem gerar 110 empregos diretos e indiretos durante a execução. A previsão é que o espaço público fique pronto em setembro deste ano.
Sobre o que vai ser feito no restante da área, o Grupo Buaiz ainda estuda qual é a melhor vocação para a região. “O tempo e os estudos vão dizer qual caminho seguir”, frisou Fabio Brasileiro. Uma das possibilidades é o mercado residencial de alto padrão, segundo ele. De imediato, o que já está sendo feito é uma conversa com o vencedor da licitação da Curva da Jurema para que haja integração dos novos quiosques com o projeto de revitalização do local.