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Vitória terá contação de histórias em libras nesta quinta-feira

A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência é destinada a assegurar e a promover o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência

Professores foram capacitados com oficinas de contação de história em Libras Foto: Divulgação

Para comemorar o dia  da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, professores da rede municipal de ensino de Vitória realizam uma atividade de contação de história utilizando a linguagem brasileira de sinais (Libras). O evento terá início às 15 horas e será realizado no auditório do Museu Capixaba do Negro “Veronica da Pas” (Mucame).

Segundo Tatiana Marques, técnica da Secretaria Municipal de Educação na educação de surdos, a ação é extremamente importante por disseminar a cultura surda, que é a forma como a pessoa surda entende e modifica o mundo. “Esta é uma ação extremamente importante por oportunizar aos professores de Libras o momento de vivenciar e aprender técnicas de contação de histórias; por poder levar isso para as escolas; e por fazer com que, a partir disso, as crianças surdas possam acessar essas histórias, explorar o universo da imaginação” explica. 

A ação é fruto da realização de oficinas de capacitação para professores da rede. “É de grande relevância promover a formação de multiplicadores da arte de contar histórias para os profissionais de Libras que atuam com crianças surdas, uma ação que poderá contribuir para a inclusão”, disse Elizete Caser, coordenadora da Biblioteca Municipal.

História
Entre as histórias que serão contadas estão “O Leão Poderoso”, narrada por Roni Antônio de Carvalho; “O Elefante Preguiçoso”, por Luana dos Reis Guss; “A Margarida Solitária”, adaptação da história “A Margarida Friorenta”, por Waine Pegoretti Laje.

Na sequência, acontece a apresentação teatral “A Galinha Surda”, de autoria do grupo de professores surdos: Waine Pegoretti Laje, Luana dos Reis Guss, Roni Antonio de Carvalho, Thiago Lima Milanezi, Fábio Pitol Coutinho, Elisangela Maria Godio Bertoli e Adriana Almeida Santana Claudiano.

Também participarão da atividade as contadoras Marta Samor e Alzira Bossois, do Grupo Chão de Letras. Entre as histórias que serão contadas estão “O Reino das Borboletas Brancas”, de Marli Assunção Gomes Pereira; “Rodrigo, Porco-espinho”, de Fanny Joly e Kibungo, entre outras.

Lei Brasileira de Inclusão
A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, também conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência, foi sancionada em 06 de julho de 2015. É destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania.

O Curso
A oficina de contação de histórias para professores surdos aconteceu nos dias 1º e 8 de junho de 2017. O objetivo da formação é garantir a acessibilidade. O trabalho contou com a participação das contadoras Marta Samor e Tiana Magalhães, do Grupo de Contadores de Histórias Chão de Letras, que ministraram a atividade, além da participação da tradutora intérprete da Seme Viviane de Paula Menezes Carvalho.

Durante a oficina, os alunos, que são professores surdos, tiveram acesso a diferentes técnicas necessárias à contação de histórias que não privilegiaram exclusivamente a palavra falada, mas a linguagem de modo geral.

“Foi muito bom aprender estratégias e trocar experiências. Aprendi a usar materiais e recursos para contar histórias, como bonecas e chapéus. Isso ajuda porque desperta o interesse dos alunos na sala de aula. Aprendemos também a como criar histórias. Foi muito proveitoso”, avaliou Waine Pegoretti Lage, professora de Libras da Seme, que foi aluna do curso.

A oficina é uma parceria entre a Semc, por meio da Biblioteca Municipal Adelpho Poli Monjardim e do projeto Viagem pela Literatura, da Seme, por meio da Coordenação de Educação Especial, e a Rede de Leitura Inclusiva – GT-ES.

Serviço
Contação de Histórias com professores surdos
06 de julho, quinta-feira, às 15 horas
Museu Capixaba do Negro “Verônica Pas” – Mucane – Avenida República, 121, Centro
Aberto ao público