Diante dos estragos causados pela chuva na região Sul do Espírito Santo, voluntários estão se mobilizando para arrecadar e levar mantimentos aos municípios atingidos.
A estudante Thayssa Lemos doou roupas e calçados para ajudar as famílias prejudicadas. “Me sinto muito bem, porque a gente sabe que tá ajudando outras pessoas, né? Sempre tento ajudar”, disse ela.
Voluntários de uma igreja da Praia da Costa, em Vila Velha, têm trabalhado desde o fim de semana para arrecadar e levar mantimentos para os locais atingidos pelas chuvas. Quando souberam da proporção dos estragos, montaram uma corrente de solidariedade.
“A gente começou a se mobilizar no sábado à noite, quando recebemos vídeos da situação em Alfredo Chaves, Iconha e Vargem Alta. Pedimos autorização pro padre Anderson, nosso pároco, e ele cedeu o espaço das três comunidades para recebermos as doações”, contou a psicóloga Isadora Venturim.
Nesse domingo (19), voluntários levaram um caminhão lotado de produtos para Iconha. E nesta segunda-feira (20), receberam mantimentos para Alfredo Chaves e Vargem Alta.
“Ontem, já foi um caminhão pra Iconha. E as doações não param de chegar. O Corpo de Bombeiros orientou que água é o mais importante. Alimentos, roupas para uso diário, roupa íntima, velas, cumbucas pra marmita e qualquer outra coisa, também. Porque pra quem perdeu tudo, o mínimo já basta” – complementou Isadora.
Dois caminhões foram disponibilizados para fazer o transporte até as cidades atingidas com o temporal. Um deles é do vendedor de coco Vanoel Neves Martins, que usa o veículo como instrumento de trabalho. Mas, por enquanto, a prioridade dele é ajudar com as doações pelo tempo que for necessário.
Em Morada de Santa Fé, Cariacica, muita gente está se mobilizando. Arroz, sucos, roupas e embalagens de marmitex estão por toda a sala de uma casa do bairro. Desde a manhã de hoje (20), voluntárias estão preparando 400 marmitas para serem levadas às áreas atingidas pela chuva.
A ideia foi da fotógrafa Elisandra Pereira e do consultor ambiental e comercial Gustavo Sartório. Os dois estiveram na região sul e viram de perto o cenário de caos e tristeza.
“Nós tomamos as dores e pretendemos ajudar de qualquer forma. Começamos a arrecadar agasalhos, alimentos e a Elisângela deu a ideia de fazermos marmita, porque onde eles estão não tem nem como fazerem isso. Não tem gás, não tem energia, não tem água…”, explicou Gustavo.
Com informações de Luana Damasceno, da TV Vitória/ Record TV.