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Zoomies: entenda "ataque de euforia" e os riscos para o seu pet

Se o seu pet corre do nada, fica lambendo as patas ou subindo e descendo do sofá é um sinal de que ele pode precisar de mais atividades físicas

Foto: Reprodução/ Pexels

Você já ouviu falar em zoomies? O nome não é comum, mas se você tem um pet em casa certamente já presenciou um zoomie. O termo se refere a um “ataque de euforia” dos animais de estimação. 

Correr de um lado para o outro, pular e subir em cima do sofá são alguns exemplos  de movimentos que os pets fazem sem sequer olhar para onde estão indo. 

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Embora pareça uma palavra estranha, os zoomies ou Frenetic Random Activity Periods (FRAPs), são considerados normais.

Ao Folha Vitória, a médica veterinária fisiatra e clínica do Hospital Veterinário Taquaral, Beatriz Fonseca Fava, explica que esses “ataques” são causados por pequenos gatilhos que despertam euforia e excitação nos pets. Apesar de fofo, a médica faz um alerta aos tutores.

“Embora os zoomies sejam engraçados de ver, é importante lembrar que este comportamento deve ser sempre supervisionado, evitando que o animal se machuque ou case danos no ambiente. É importante se certificar que o espaço é seguro e livre de objetos que possam derrubar ou serem quebrados”, disse.

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A médica veterinária afirma que, além dos cachorros, gatos também podem ter o zoomie, apesar de ser menos frequente em felinos.

“No caso dos felinos, por exemplo, alguns comportamentalistas relatam que é mais comum após o uso da caixa de areia para fazer cocô. Segundo alguns estudos, isso provavelmente é ocasionado por estímulos na região do intestino que atingem o sistema nervoso central e resultam em sentimentos positivos e de euforia”, explicou.

Em cães, os zoomies são uma forma de liberar energia acumulada, principalmente quando filhotes ou cães mais jovens que não tem tantos estímulos em casa. 

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Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

A médica explica que podem existir outros tipos de gatilhos para que ocorram os zoomies e, por isso, é preciso ficar atento.

Agitação pode acender um alerta

O quadro, de acordo com a veterinária, pode ser um sinal de que o animal precisa de mais atividades físicas e mentais na rotina.

“Isso pode ser um alerta de que o pet pode estar estressado ou ansioso. Quando esses comportamentos se tornam algo compulsivo e associado a outros comportamentos, por exemplo, lambedura excessiva das patas, é bom consultar um profissional comportamentalista para verificar o que de fato está acontecendo e melhorar o manejo dentro de casa, colocando mais atividades e passeios”, orientou.

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Ela lembra ainda que também é importante consultar um médico veterinário para descartar doenças de saúde. 

“Animais com dores crônicas, por exemplo, podem desencadear estresse e consequentemente comportamentos compulsivos. Se não houver nenhum problema de saúde ou comportamental associado, o melhor a fazer é aproveitar o momento de euforia para brincar e interagir com o pet”, finalizou.

Foto: Thiago Soares/ Folha Vitória
Gabriel Barros

Produtor web

Graduado em Jornalismo e mestrando em Comunicação e Territorialidades pela Universidade Federal do Espírito Santo. Atua desde 2020 no jornal online Folha Vitória.

Graduado em Jornalismo e mestrando em Comunicação e Territorialidades pela Universidade Federal do Espírito Santo. Atua desde 2020 no jornal online Folha Vitória.