O autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento que traz impactos nas habilidades sociais e outros aspectos de comportamentos do indivíduo. Alguns aspectos da interação social que podem ser impactados são engajamento ativo, comunicação funcional e regulação emocional.
O termo utilizado para se referir aos transtornos de neurodesenvolvimento que se encaixam nesse espectro hoje é Transtornos de Espectro Autista, ou TEA. O antigo termo “tipos de autismo” ainda é utilizado coloquialmente, para facilitar a compreensão de leigos.
A Classificação Internacional de Doenças – 11ª revisão (CID-11), um manual organizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), classifica o autismo como níveis 1 de suporte (com necessidade de pouco apoio); 2 (necessidade de apoio moderado); e 3, com grande necessidade de apoio.
Tanto a já citada CID-11 quanto o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5, na sigla em inglês), que é utilizado para a descrição de quadros diagnósticos de saúde mental, são atualizados conforme novas pesquisas envolvendo o TEA são desenvolvidas.
Como se pode ver, existem graus de composição do espectro, e várias pessoas autistas possuem autonomia para viverem suas vidas. Para os que precisam de mais cuidados, uma rede de apoio formada por familiares e profissionais de saúde é essencial para uma vida mais confortável.
Não existe um exame específico para diagnosticar o autismo; o profissional de saúde observa o comportamento da pessoa, e dessa forma dá seu diagnóstico. A partir dele, o paciente e sua família podem procurar o auxílio necessário, como terapia ocupacional, fonoaudiologia, terapia comportamental, acompanhamento pedagógico, dentre outros.
Todas essas práticas devem ser ancoradas na Análise de Comportamento Aplicada (ABA), as mais indicadas pela OMS. Numa próxima coluna, vamos falar mais sobre esse método ancorado na ciência para desenvolver terapias para o TEA.
