Aproveitando a data escolhida para a conscientização sobre o autismo, Vitória lançou o primeiro circuito sensorial ambiental do país, uma ativação que permite o contato direto das crianças e famílias com abelhas sem ferrão e outras atividades.
O objetivo é desenvolver as habilidades sensoriais, sobretudo em crianças com Transtorno do Espectro Autista(TEA), a partir do contato com a natureza de forma segura e lúdica.
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O circuito conta com quatro estações, sendo elas: o jardim sensorial, o meliponário, o pomar de frutas e saberes, e o auditório.
Segundo Germanni Herzog, integrante da Associação de Meliponicultores Capixabas-ES (Amecap) e pai de Geraldo Herzog, uma criança autista, a iniciativa busca integrar a questão ambiental com a conscientização sobre o autismo.
Há caixas didáticas que possibilitam mostrar como funciona o enxame, o ninho, a postura das abelhas e o mel. Também terá algumas palestras durante o ano, sempre chamando a população e principalmente as crianças.
Como funciona o circuito sensorial
O circuito permanecerá aberto durante todos os dias da semana, de 8h às 17h, e está localizado na unidade de conservação REVIS Mata Paludosa (antigo Parque Municipal da Fazendinha).
De segunda a sexta-feira, as visitas devem ser agendadas pelo telefone (27) 3382-6536 ou (27) 3237-2405. Elas serão acompanhadas por uma educadora ambiental para intervenção e acompanhamento guiado ao local.
Já aos finais de semana, a visitação é livre, mas não será acompanhada por técnicos do local.
O circuito é uma parceria entre a Prefeitura de Vitória, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam), e a Amecap.
O prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini, ressaltou a importância de atividades de conscientização sobre o autismo e de diálogo que reforcem a inclusão.
“Estamos promovendo um momento único e trazendo uma experiência neurossensorial, então temos cheiros, cores e texturas, tudo que envolve o universo para crianças e adultos, e que gera um sentimento de inclusão”, disse.
Importância do desenvolvimento sensorial para autistas
Dentre as características mais comuns do diagnóstico de TEA está a sensibilidade sensorial, um fator que impacta diretamente na rotina das crianças diagnosticadas. Por isso, o desenvolvimento sensorial é importante para melhorar a qualidade e facilitar a integração da criança.
Atividades que envolvem contato com texturas variadas e brincadeiras que desenvolvem o tato permitem que ela explore o sentido em um ambiente favorável com contato com a natureza.