Pesquisadores da Universidade Politécnica de Valência, na Espanha, desenvolveram um novo sistema para a detecção precoce e o diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA). O projeto utiliza ambientes de realidade virtual e ferramentas de análise baseadas em inteligência artificial para identificar padrões associados ao transtorno.
O método foi testado por meio da observação de crianças com e sem diagnóstico de autismo enquanto realizavam tarefas em um ambiente virtual. As ações das participantes foram capturadas por câmeras e analisadas por programas de inteligência artificial, o que permitiu à equipe avaliar qual técnica computacional oferecia maior precisão na identificação do transtorno.
O sistema projeta ambientes simulados em paredes ou telas de grande formato, integrando a imagem da criança e registrando seus movimentos. De acordo com os pesquisadores, o uso da realidade virtual possibilita a criação de cenários mais próximos aos vivenciados pelas crianças em seu cotidiano, o que contribui para uma análise mais detalhada de suas reações comportamentais.
Com precisão superior a 85%, o sistema demonstrou desempenho superior aos métodos tradicionais de diagnóstico, baseados em testes psicológicos e entrevistas. Segundo a equipe, o novo modelo pode ser implantado em espaços voltados à intervenção precoce, utilizando equipamentos disponíveis no mercado e com menor custo operacional.