Uma multidão de arraias foi flagrada no mar de Vitória, próximo à Ilha do Frade, e chamou atenção.
Quem registrou a cena inusitada foi o fotógrafo e servidor público Rodrigo Coutinho Martins.
O cardume, apesar de surpreendente, não é incomum. As arraias estão em fase migratória e essas não são espécies nativas do Brasil, elas percorrem todo o mundo. Por isso, passam também pelo Espírito Santo.
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A informação é do biólogo Daniel Gosser Motta, mestre Biologia Animal e Vice-Presidente do Conselho Regional de Biologia do ES (CRBio-10). Ele informou, também, que a estratégia de andar em bando é para espantar predadores.
“O que pode explicar essa quantidade é a fase migratória. Essas espécies correm o mundo todo e, de vez em quando, principalmente no verão, elas passam aqui na costa do Espírito Santo, ou em épocas de água quente. No processo migratório, elas formam cardumes para terem menor chance de predação, porque sozinhas seriam muito mais vulneráveis”, explicou.
Ele também explica que o cardume não tem a ver com algum desequilíbrio ambiental, que foi um questionamento feito por leitores do Folha Vitória nas redes sociais. No mesmo local, já houve outros registros de arraias em grande quantidade.
Além disso, é preciso ter atenção caso esteja no mar e muito próximo a um cardume de arraias. No caso do fotógrafo, ele estava no píer.
“Não ficar próximo porque as arraias possuem ferrões e é um mecanismo de defesa delas. Se elas sentirem ameaçadas, podem, sim, usar o ferrão. Tem, inclusive, relatos de morte por conta disso. É só apreciar de longe esse festival”, finalizou.