Exploração de Petróleo Onshore: ESG, Normas e a Construção de um Futuro Sustentável

A exploração de petróleo onshore (extração em terra) é um setor estratégico e essencial para a economia, mas que carrega consigo desafios significativos relacionados à sustentabilidade, segurança e responsabilidade ambiental. Em um cenário na qual práticas de ESG (ambiental, social e governança) têm se tornado prioridade global, a conformidade com normas técnicas e regulamentações é indispensável para que as empresas mantenham sua relevância e sua licença social para operar.

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) tem desempenhado um papel central ao intensificar a cobrança pelo cumprimento de normas como a NBR 17505-2 e a NBR 17505-5. Essas normas estabelecem requisitos técnicos e operacionais para o armazenamento seguro de líquidos inflamáveis e combustíveis, bem como para a prevenção de acidentes e a gestão de riscos. Para as empresas de exploração onshore, o alinhamento com essas regulamentações é essencial para minimizar impactos ambientais, proteger a fauna e a flora e assegurar a segurança nas operações.

A pressão para adotar práticas sustentáveis não vem apenas das autoridades regulatórias, mas também do mercado. Investidores, consumidores e parceiros têm exigido mais transparência e responsabilidade das empresas, priorizando aquelas que seguem normas ambientais e sociais rigorosas. Empresas que ignoram essas demandas enfrentam riscos financeiros, sanções regulatórias e um desgaste irreversível de sua reputação.

Por outro lado, incorporar práticas ESG e atender às exigências da ANP e às normas regulatórias vai além de evitar problemas: trata-se de construir um diferencial competitivo. Isso inclui ações como monitoramento contínuo da biodiversidade local, recuperação de áreas impactadas, manejo responsável de resíduos, além da adoção de tecnologias e infraestruturas que garantam maior eficiência e menor impacto ambiental.

A Brava Energia é um exemplo de empresa que tem implementado práticas ambientais e sociais significativas em suas operações onshore. Para aumentar a eficiência e sustentabilidade na extração de petróleo em terra, a empresa adotou técnicas como a injeção de vapor e de nitrogênio, que melhoram a mobilidade de óleos pesados, e o tratamento e injeção de água produzida, minimizando o impacto ambiental e otimizando a gestão hídrica. 

Socialmente, desde 2021, a Brava Energia realizou também mais de 1.200 ações em cerca de 150 comunidades nos estados da Bahia, Rio Grande do Norte e Ceará, beneficiando diretamente mais de 9.000 pessoas. Essas iniciativas abrangem diagnósticos socioambientais, promoção de saúde, apoio a projetos esportivos e programas de capacitação profissional, reforçando o compromisso da empresa com o desenvolvimento sustentável das regiões onde atua.

A jornada rumo à sustentabilidade não é apenas uma exigência normativa, mas também uma oportunidade estratégica. Demonstrar compromisso com o meio ambiente, a segurança dos colaboradores e a integridade nas operações fortalece a imagem da empresa, aumenta sua credibilidade no mercado e cria valor para todos os stakeholders. Empresas de exploração de petróleo onshore que colocam ESG no centro de sua estratégia pavimentam o caminho para um futuro mais responsável e sustentável, alinhado às expectativas globais e às necessidades locais. Afinal, em um mercado cada vez mais atento à preservação do planeta, responsabilidade e inovação não são apenas desejáveis, mas indispensáveis.

Gabriela Moraes Oliveira Colunista
Colunista
Associada do Instituto Líderes do Amanhã