
Uma loba-guará foi encontrada e resgatada em estado de saúde crítico, na última sexta-feira (04), no km 424 da BR-101, na altura do município de Atílio Vivácqua, na região Sul do Espírito Santo.
A loba foi encontrada pela concessionária que administra a via, a Ecovias 101. Segundo a bióloga e analista de sustentabilidade da concessionária da rodovia, Grazielli Melo Pena, a fêmea apresentava sinais de que estava debilitada.
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Ela apresentava sinais bem evidentes de prostração, muita apatia, dificuldade respiratória e sem resposta motora, exceto pelos movimentos oculares, disse a bióloga.
Loba-guará não tinha fraturas ou lesões
Após o resgate, a loba foi levada para uma clínica veterinária de Guarapari, na Grande Vitória. A concessionária Ecovias 101 pagou o tratamento do animal.
O veterinário Leonardo Lyra Lyrio, que atendeu a loba, disse que o animal não estava com fraturas ou lesões compatíveis com atropelamento.
“Os exames mostraram que ela estava com um quadro de infecção avançado. Começamos o tratamento com hidratação, antibióticos, corticoides e analgesia com morfina. Ela foi respondendo bem, um dia melhor do que o outro”, afirmou o veterinário.
A loba já apresentou uma melhora significativa dias após o resgate, mostrado por meio de um hemograma. O animal foi transferido para o Centro de Reintrodução de Animais Silvestres (Cereias), em Aracruz, e segue em processo de reabilitação.
VEJA O VÍDEO:
Animal é típico do cerrado brasileiro
O lobo-guará é um animal típico do cerrado brasileiro, mas tem sido cada vez mais avistado em território capixaba.
Segundo Grazielli, a espécie está migrando para o Espírito Santo devido à perda de habitat, mudanças climáticas e outros fatores que afetam sua sobrevivência.
O animal agora precisará ser levado para um estado onde tenha uma vegetação apropriada, como Minas Gerais.
“Será preciso levá-la para um estado vizinho, como Minas Gerais, onde há cerrado preservado. Essa viagem ainda será programada, mas é fundamental para garantir que ela possa voltar à vida livre com segurança e em um ambiente adequado”, completou.
*Texto sob supervisão da editora Erika Santos