Ataque

Onça que matou caseiro é capturada e levada para centro de reabilitação

Animal foi capturado no Pantanal após atacar e matar caseiro de 60 anos. A onça tem 94 quilos e vai passar por exames

Onça capturada
Foto: Reprodução/Instagram

A Polícia Militar Ambiental do Mato Grosso do Sul capturou a onça-pintada que teria atacado e causado a morte do caseiro Jorge Ávalo, de 60 anos, no Pantanal. O felino, um macho de 94 quilos, foi sedado e transportado para o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), na Capital, Campo Grande.

No CRAS, o animal passará por exames clínicos e avaliações comportamentais. Para garantir a segurança durante o processo, o centro permanecerá fechado ao público e apenas profissionais autorizados terão acesso ao local.

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O ataque aconteceu na manhã da última segunda-feira (21), às margens do rio Miranda. Jorge foi visto pela última vez no pesqueiro onde trabalhava.

O corpo foi encontrado horas depois por um guia turístico, que também foi atacado pela onça, mas conseguiu escapar com ferimentos no braço. Ele recebeu atendimento médico em Miranda.

O corpo do caseiro apresentava marcas graves, por isso o sepultamento foi realizado em caixão fechado, sem velório.

Segundo o secretário-executivo da Secretaria de Meio Ambiente, Artur Falcette, esse tipo de ocorrência é fora do comum.

Estamos diante de um caso muito atípico. Esse não é um comportamento habitual da espécie. A captura do animal é essencial para entendermos o que motivou essa atitude e para que possamos estudar seu comportamento com mais precisão, explicou.

O médico veterinário que fez a anestesia do felino, Gediendson Ribeiro de Araújo, explicou que o primeiro passo são os exames clínicos, além da análise das imagens que estão com a Polícia Civil para confirmar se o animal foi responsável pelo ataque.

“A gente precisa ter mais avaliações para tentar entender toda a situação e, a partir daí, o programa vai direcionar o destino deste animal. Acredito que ele deva ficar em cativeiro”, afirma Araújo.

Depois do ataque, a onça-pintada fugiu para uma área de vegetação densa, dificultando as buscas, que contaram com equipes especializadas e monitoramento da região. Agora, os esforços se concentram em analisar o comportamento do animal e evitar novos incidentes na região.

*Com informações do portal R7 e do Correio Braziliense