Compartilho, a indignação da inglesa Tamma Carel, autora desse texto. O lucro acima de tudo, onde iremos parar, a quem querem enganar, afinal, estamos todos no mesmo planeta.
O que acontece quando uma empresa retrocede em seu COMPROMISSO DE NET ZERO? Nada. Nenhuma penalidade. Nenhuma multa. Não há nenhuma responsabilização real. Esse é o problema. Quando empresas e governos se comprometem ruidosamente com metas de net zero ou carbono negativo, eles ganham manchetes. Eles ganham confiança. Eles atraem investimentos. Eles se posicionam como líderes em sustentabilidade. Mas o que acontece quando eles recuam silenciosamente? Quando eles reduzem seus compromissos, estendem prazos ou simplesmente apagam suas metas completamente? Nada. Não acredita?… – A Shell silenciosamente abandonou sua meta de redução absoluta de emissões para 2035. – A Disney descartou sua meta de carbono neutro até 2030, citando “prioridades comerciais”. – A Drax, uma grande empresa de energia do Reino Unido, mudou suas metas de net zero, apesar dos pesados subsídios governamentais para suas alegações verdes. No entanto, onde está a responsabilização? As ações não despencam. O conselho não é responsabilizado. Não há consequências legais. O maior problema? Os compromissos de sustentabilidade não devem ser tratados como ferramentas de marketing. Se as empresas puderem se afastar de suas metas de net zero sem repercussões, então toda a premissa se torna greenwashing em escala. Então, o que precisa mudar? Aplicação regulatória: As declarações de net zero devem ser juridicamente vinculativas, não voluntárias. Verificação independente: Auditorias de terceiros devem confirmar o progresso, não apenas declarações de RP autorrelatadas. Pressão pública e de investidores: Consumidores e partes interessadas devem exigir transparência e acompanhamento. Sem isso, o “net zero” arrisca se tornar outro slogan corporativo sem sentido — e não temos tempo para isso.