Em Amsterdã, na Holanda, há mais bicicletas do que pessoas, e muitas são abandonadas, e até jogadas nos canais da cidade. Afinal, sustentabilidade existe?
Não, ela não existe na sua totalidade, pois quando resolvemos um problema, arrumamos outro, ou até vários. O importante é ser o mais sustentável possível.
Não podemos permitir que a sustentabilidade se torne O PROBLEMA, comenta Tamma Carel,(inglesa, fundadora da iCOR, e palestrante), nessa publicação de sua autoria. Veja abaixo:
Celebramos a ideia de um futuro mais verde — e-bikes, mobilidade compartilhada e tecnologia verde parecem soluções perfeitas no papel. Mas a realidade é bem diferente. A promessa de sustentabilidade está colidindo com uma dura realidade: ineficiência, infraestrutura precária e falta de planejamento de longo prazo estão transformando soluções verdes em enormes problemas de resíduos.
Programas de compartilhamento de e-bikes e patinetes visam reduzir o congestionamento urbano e as emissões. No entanto, em cidades de Paris a Pequim, milhares de patinetes e e-bikes descartadas agora estão abandonadas. Por quê?
- Altos custos de manutenção tornam mais barato descartar do que consertar.
- Infraestrutura precária e falta de regulamentação levam ao uso indevido e avarias.
- Só Paris removeu 15.000 e-scooters devido a ineficiências operacionais.
- O boom do compartilhamento de bicicletas na China viu mais de 23 milhões de bicicletas abandonadas até 2021 — a maioria ainda funcional, mas deixada sem uso.
Os veículos elétricos são celebrados por suas emissões zero no escapamento, mas o que acontece quando as baterias falham?
- Consertar baterias danificadas pode custar até 40% do preço do carro, geralmente levando ao descarte total.
- Infraestrutura de reciclagem limitada significa que as baterias estão acabando em pilhas de lixo.
❌ O problema não é a tecnologia em si, mas como ela é executada. Os programas de sustentabilidade geralmente falham devido a:
- Falta de sistemas circulares: os produtos são projetados para uso e descarte, não para reparo ou reutilização.
- Obsolescência planejada: dispositivos e tecnologia são projetados intencionalmente com vida útil limitada.
- Foco no lucro de curto prazo: as empresas priorizam ganhos imediatos em vez da responsabilidade ambiental de longo prazo.