Meio Ambiente

Variação inédita de planta ornamental é descoberta no Espírito Santo

Após análises, confirmou-se que é uma variação de planta conhecida no Sudeste e Nordeste, mas agora com uma característica inédita

Foto: Reprodução/ Marcelo Brotto e Luan Cordeiro
Foto: Reprodução/ Marcelo Brotto e Luan Cordeiro

Uma variação inédita de planta ornamental foi descoberta no Monumento Natural Serra das Torres (Monast), unidade de conservação administrada pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema).

A identificação foi feita durante o projeto “Prospecção de Flora no Monumento Natural Serra das Torres” pelo pesquisador e botânico Marcelo Leandro Brotto, do Museu Botânico Municipal de Curitiba (MBM).

LEIA TAMBÉM:

Planta tem pétalas azuis e sépalas amarelas

A planta encontrada pertence ao gênero Dichorisandra, da família Commelinaceae. A principal novidade é a coloração: pétalas azuis e sépalas amarelas, combinação nunca registrada anteriormente na espécie.

Após análises e consultas com outros especialistas, foi confirmado que se trata de uma variação da Dichorisandra procera, já conhecida nas regiões Sudeste e Nordeste do Brasil, mas que apresenta pela primeira vez sépalas amarelas, tornando-se exclusiva do Monast.

Para o gestor da Unidade de Conservação, Guilherme Carneiro, a descoberta reforça a importância da pesquisa científica e da conservação ambiental na região.

Já conhecíamos indivíduos com a floração comum, de flores azuis, mas nunca havíamos visto essa variação com sépalas amarelas. Agora, precisamos mapear onde esses indivíduos estão presentes, destacou.

(Foto: Reprodução/ Marcelo Brotto e Luan Cordeiro)

Variação pode abrir novas oportunidades econômicas

Além da preservação no ambiente natural, a variação pode abrir novas oportunidades econômicas. Com alto potencial ornamental, a planta poderá ser cultivada em viveiros, beneficiando comunidades do entorno.

“Essa nova variação reforça a riqueza e a singularidade da biodiversidade do Monast, evidenciando a necessidade de preservação e estudos contínuos sobre a flora local”, completou Carneiro.

Kayra Miranda, repórter do Folha Vitória
Kayra Miranda

Repórter

Jornalista pelo Centro Universitário Faesa.

Jornalista pelo Centro Universitário Faesa.