Moda

Sandálias Birkenstock não são obra de arte, afirma tribunal da Alemanha

Birkenstock entrou na justiça buscando garantia legal de direitos autorais para seus produtos, entendendo as sandálias como "obra de arte"

Tribunal definiu que sandálias Birkenstock não podem ser consideradas obra de arte. Foto: Reprodução/ @birkenstockbr
Tribunal definiu que sandálias Birkenstock não podem ser consideradas obra de arte. Foto: Reprodução/ @birkenstockbr

As famosas sandálias Birkenstock não podem ser consideradas obras de arte. A decisão foi anunciada na quinta-feira (20) por um tribunal da Alemanha. A sentença representa uma derrota para a marca, que entende o produto como “obra de arte” e estava buscando uma garantia legal de direitos autorais para seus produtos.

É uma pendência que vem desde maio de 2023, quando a fabricante de calçados processou os varejistas alemães Tchibo e shoe.com e também a dinamarquesa Bestseller.

LEIA TAMBÉM:

Veículo bate em carro estacionado, capota e mulher escapa por pouco de acidente em SC

“Grávida de Taubaté” diz que mentiu por conta de “seita”

Papa Francisco tem noite tranquila, informa Vaticano; estado de saúde segue crítico

A Birkenstock os acusou de vender modelos semelhantes aos seus e exigiu que fossem retirados de venda e destruídos. Foi derrotada no Tribunal de Apelações de Colônia em 2024 e, em instância superior, por um tribunal federal.

O tribunal manteve a decisão anterior, determinando que as sandálias não podem ser consideradas “obras de arte aplicáveis à proteção de direitos autorais”.

“Para que a proteção de direitos autorais seja aplicada, deve haver um grau de ‘design’ tal que o produto exiba alguma individualidade”, sentenciou o tribunal. “Artesanato puro usando elementos de ‘design’ formal não é suficiente para ser considerado arte”, acrescentou.

Hippie

Fundada em 1774, por Johann Adam Birkenstock, em Neustadt, na Renânia, região da Alemanha, a empresa Birkenstock Holding tornou-se conhecida por suas sandálias produzidas com tiras de couro e solas de cortiça.

Nos anos 1970, ela foi lançada nos Estados Unidos e se tornou uma das marcas do movimento hippie. Em 2021, foi adquirida por um fundo de investimento associado à líder mundial em artigos de luxo LVMH.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.