O governo da Itália mudou a lei e endureceu as regras para o reconhecimento da cidadania para quem não nasceu no país da Europa.
O decreto foi instaurado nesta sexta-feira (28). Com ele, só poderão solicitar a cidadania quem tem avós italianos, pais nascidos no país ou residentes por dois anos na Itália.
Segundo a Revista Oeste, parceira do Portal R7, o governo visa “conter a comercialização do passaporte italiano” e o aumento de solicitações, vindas principalmente da América do Sul.
O país concede cidadania, assim como outros países, segundo o princípio do “ius sanguinis” (o direito de sangue). Ou seja, a possibilidade de os descendentes da segunda, terceira e quarta geração de italianos terem a cidadania.
LEIA TAMBÉM:
- Forte terremoto de magnitude 7,7 deixa 15 mortos em Mianmar e na Tailândia
- Qual foi o presente que o papa Francisco deu para médicos que o salvaram da morte
- Mulher é presa após tirar a roupa e ficar completamente nua em aeroporto
A situação fez com que, a partir de 2014, muitas cidadanias fossem concedidas dessa forma, com o aumento do número de italianos “oriundi” de 4,6 milhões para 6,4 milhões. Além disso, há mais de 60 mil processos judiciais pendentes para a verificação da cidadania italiana.
Diante disso, o governo italiano, liderado pela primeira-ministra Giorgia Meloni, decidiu dar um basta a situação.
Aprovamos a reforma da cidadania de sangue, é uma reforma de grande importância porque visa fortalecer o vínculo entre ser cidadão italiano e a Itália, declarou o ministro das Relações Exteriores italiano, Antonio Tajani.
Custos para cidadania vai aumentar
Com a nova reforma, os custas para obter a cidadania também vão aumentar para os estrangeiros. “Eram € 300, a partir do dia primeiro de janeiro passamos para € 600. A proposta é chegar aos € 700, pois as prefeituras, sobretudo as pequenas, estão congestionadas com pedidos”, explicou Tajani.