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Governo da Itália muda lei e endurece regras para obter cidadania

Agora, só poderá solicitar a cidadania quem tem avós italianos, pais nascidos no país ou residentes por dois anos na Itália

Foto: Arquivo/ Folha Vitória
Foto: Arquivo/ Folha Vitória

O governo da Itália mudou a lei e endureceu as regras para o reconhecimento da cidadania para quem não nasceu no país da Europa.

O decreto foi instaurado nesta sexta-feira (28). Com ele, só poderão solicitar a cidadania quem tem avós italianos, pais nascidos no país ou residentes por dois anos na Itália.

Segundo a Revista Oeste, parceira do Portal R7, o governo visa “conter a comercialização do passaporte italiano” e o aumento de solicitações, vindas principalmente da América do Sul.

O país concede cidadania, assim como outros países, segundo o princípio do “ius sanguinis” (o direito de sangue). Ou seja, a possibilidade de os descendentes da segunda, terceira e quarta geração de italianos terem a cidadania.

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A situação fez com que, a partir de 2014, muitas cidadanias fossem concedidas dessa forma, com o aumento do número de italianos “oriundi” de 4,6 milhões para 6,4 milhões. Além disso, há mais de 60 mil processos judiciais pendentes para a verificação da cidadania italiana.

Diante disso, o governo italiano, liderado pela primeira-ministra Giorgia Meloni, decidiu dar um basta a situação.

Aprovamos a reforma da cidadania de sangue, é uma reforma de grande importância porque visa fortalecer o vínculo entre ser cidadão italiano e a Itália, declarou o ministro das Relações Exteriores italiano, Antonio Tajani.

Custos para cidadania vai aumentar

Com a nova reforma, os custas para obter a cidadania também vão aumentar para os estrangeiros. “Eram € 300, a partir do dia primeiro de janeiro passamos para € 600. A proposta é chegar aos € 700, pois as prefeituras, sobretudo as pequenas, estão congestionadas com pedidos”, explicou Tajani.