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Papa Francisco sofreu dois episódios de insuficiência respiratória aguda, diz Vaticano

Pontífice precisou de "ventilação mecânica não invasiva" e voltou a ter broncoespasmo, condição que havia apresentado na semana passada

Foto: Reprodução/Redes Sociais
Foto: Reprodução/Redes Sociais

O papa Francisco sofreu dois episódios de insuficiência respiratória aguda, de acordo com o boletim médico divulgado na tarde desta segunda-feira (3) pela sala de imprensa do Vaticano.

No dia de hoje, o Santo Padre apresentou dois episódios de insuficiência respiratória aguda, causados por um significativo acúmulo de muco endobrônquico e consequente broncospasmo.

Broncoespasmo é uma dificuldade aguda de respirar, que acaba provocando, na sequência, um episódio de vômito com inalação. Os médicos chamam essa aspiração do vômito de broncoaspiração.

Ainda de acordo com o informativo, “foram realizadas duas broncoscopias com a necessidade de aspiração de secreções abundantes. No período da tarde, foi retomada a ventilação mecânica não invasiva”.

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O jesuíta de 88 anos permaneceu “vigilante, orientado e colaborativo”. O prognóstico permanece reservado, de acordo com a Santa Sé. A expressão “prognóstico reservado” indica que o estado de saúde do paciente é grave e exige cuidados intensivos e especiais; a evolução é incerta.

Internado desde 14 de fevereiro por causa de uma pneumonia bilateral, o pontífice havia apresentado essas mesmas condições de broncoespasmo na sexta-feira (28). No sábado e domingo, dias 1 e 2, Francisco não havia apresentado episódios de insuficiência respiratória aguda. O problema parece ter retornado nesta segunda-feira.

De acordo com o boletim anterior, Francisco tinha dormido bem, com quadro de saúde estável, mas ainda complexo. No domingo, ele agradeceu aos fiéis por suas orações em uma mensagem escrita por ocasião da oração do Angelus.

Essa internação, a quarta e mais longa desde 2021, gera preocupação pelos problemas prévios que fragilizaram a saúde de Jorge Bergoglio nos últimos anos: cirurgias no cólon e no abdômen, além de dificuldades para caminhar.

*Por: O Estado de S. Paulo. Com informações de AP e AFP.