Vila Velha

"A insanidade dele é seletiva", diz delegada sobre homem que matou vendedora na Glória

Polícia concluiu a investigação. Para a delegada, Wenderson Rodrigues saiu de casa com o intuito de matar alguém

Montagem Folha Vitória
Montagem Folha Vitória

Durante as investigações da morte da vendedora Carla Gobbi Fabrete, de 25 anos, esfaqueada em uma loja no bairro da Glória, em Vila Velha, a Polícia Civil concluiu que a “insanidade do suspeito é seletiva”.

No dia do crime, Wenderson Rodrigues de Souza teria saído de casa com o “intuito de fazer mal a alguém”. Carla foi atacada dentro da loja em que trabalhava pelo homem de 30 anos. O crime aconteceu em 10 de março.

Na ocasião, a mulher chegou a ser socorrida e passou por cirurgia, mas ela não resistiu aos ferimentos e morreu no dia seguinte.

O acusado foi preso logo após o ataque, quando tentava tirar a própria vida. Ele ficou internado e, após receber alta, foi transferido para um presídio.

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Em coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira (25), a chefe da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher, delegada Raffaella Aguiar, explicou que, segundo o demonstrado no interrogatório, a insanidade mental do suspeito é seletiva.

Ficou bem claro para a gente que a insanidade é seletiva. Todas as pessoas que conviveram com ele e que tivemos contato foram ouvidas e falam que ele é um rapaz muito esperto, que ele é inteligente, descreve a delegada.

Ainda segundo a delegada, o acusado tentou se utilizar da insanidade mental durante o interrogatório, até o momento em que foi questionado sobre a dinâmica e a motivação do crime. Nesse momento, segundo ela, ele solicitou a presença da defesa.

“A insanidade dele foi até o ponto em que o interrogatório começou a ser mais assertivo e indagá-lo acerca da dinâmica, da motivação. Ele falou que queria a defesa, que queria o defensor e que não ia falar mais”, explicou.

Escolha da vítima foi aleatória

Durante a coletiva, a delegada explicou que, para a polícia, a escolha da vítima foi aleatória, mas Carla teria sido definida como uma possível vítima pela vulnerabilidade, por ser mulher e estar sozinha.

“Ele saiu de casa determinado que ia matar alguém. Ele foi observando a região, quem seria a possível vítima, e aí foi nesse momento que a gente vislumbrou que ele realmente a escolheu dentro de uma aleatoriedade, mas pela sua vulnerabilidade naquele momento”, disse a delegada.

Wenderson foi autuado por feminicídio com duas majorantes — crime por meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima.

Repórter do Folha Vitória, Maria Clara de Mello Leitão
Maria Clara Leitão

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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário Faesa e, desde 2022, atua no jornal online Folha Vitória

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