Alívio. Essa foi a palavra usada por Selma Santos para descrever como recebeu a notícia de que Christian Cunha, acusado de matar Bárbara Richardelle, filha de Selma, voltaria para a cadeia. Christian, que estava em liberdade desde o dia 17 de maio, foi preso na tarde desta quarta-feira (2), em uma rua do município de Vila Velha.
Segundo Selma, o que fica agora é a sensação de dever cumprido. “Eu acompanhei toda a decisão. Quando vi a nova decisão, quase não aguentei. A justiça foi feita. Um crime como esse não pode ficar impune, pois acaba virando exemplo para outros jovens”, disse.
A nova prisão de Christian contraria a decisão da juíza Paula Cheim Couto, que alegou que o suspeito tem residência fixa e é réu primário, e permitiu que o jovem fosse solto. De acordo com o superintendente de Polícia Prisional, delegado Danilo Bahiense, na tarde desta quarta-feira, ele recebeu um comunicado de que um novo mandado de prisão preventiva foi expedido contra o jovem. “Assim que recebemos a informação, imediatamente prendemos o suspeito quando ele estava dentro de um carro, na descida da Terceira Ponte”, disse.
A família de Bárbara Richardelle foi até a Chefatura de Polícia acompanhar a prisão do jovem. Segundo Selma, era preciso olhar nos olhos de Christian para acreditar no que aconteceu. “ É muito difícil. Ele frequentou a minha casa, tinha a minha confiança. No dia do crime, me abraçou, se ofereceu para procurar a Bárbara. Eu preciso olhar na cara dele”, afirmou.
A investigação do crime está sendo conduzida pela Delegacia de Especializada de Homicídio contra a Mulher (DHPM), sob a responsabilidade do delegado Adroaldo Lopes.
O crime
A jovem Bárbara Richardelle foi morta a golpes de escavadeira pelo ex-namorado, em um terreno na Praia da Costa, em Vila Velha. Uma briga do casal motivada pela divulgação de imagens íntimas da jovem teria sido o motivo do crime.
A Polícia Civil acredita que Christian Cunha teria esganado a vítima na briga. Logo em seguida, ele teria desferido golpes com a escavadeira na cabeça da jovem. Em depoimento, o acusado confessou que teria, logo após o crime, comprado um churrasquinho para comer no local.