Relatos de quem trabalha ou passa todos os dias pelo Centro de Vitória possuem algo em comum: o medo. Tentativas de assaltos e arrombamentos são os crimes mais comuns enfrentados por quem frequenta a região. A vítima mais recente é uma cabeleireira que já coleciona boletins de ocorrência.
O salão dela fica na rua Duque de Caxias. O estabelecimento foi arrombado na madrugada de terça-feira (14) e os criminosos deixaram, além do prejuízo, uma verdadeira bagunça para a trabalhadora arrumar. “Tava uma bagunça, as gavetas todas reviradas. Levaram a televisão, mas deixaram uma verdadeira bagunça”, contou.
Ela trabalha na mesma rua do Centro de Vitoria há 23 anos. Por causa da insegurança, j´´a pensou diversas vezes em deixar o local. “Eu fico muito triste porque já é a quinta vez que acontece isso. A gente só pensa em fechar as portas”, desabafou.
A empresária não é a única. Um outro empresário, que tem loja na mesma rua, também já foi alvo de criminosos por diversas vezes. Ele colocou grades, portas de aço e câmeras de videomonitoramento, mas nada foi capaz de impedir os crimes. O comerciante disse que tenta seguir com a loja, fundada pelo sogro há mais de 60 anos, e lamenta ver a rua se tornar um local abandonado.
“Nos últimos anos, já passamos por três arrombamentos. Eu tenho o telefone particular que vários policiais que são amigos meus e falam que posso ligar para eles quando tiver alguma coisa acontecendo na região, mas só eles não conseguem resolver”, disse.
A rua Duque de Caxias, segundo os comerciantes, era uma das mais movimentadas do Centro da capital. Mas depois de tanta insegurança, assaltos, e arrombamentos, muitas lojas já fecharam as portas e estão abandonadas. Pelas ruas ainda é possível encontrar cartazes com alertas. De acordo com quem está na região diariamente, o local tem pouco patrulhamento de policiais militares, principalmente durante a madrugada.
A Polícia Militar informou que nenhum suspeito foi identificado. A dona do salão invadido foi orientada a fazer um boletim de ocorrência para que o caso possa ser investigado.
*Com informações da repórter da TV Vitória/Record TV, Milena Martins.