A mãe do bebê de dois meses que foi mantida como refém pelo próprio pai, no domingo (28), no bairro Resistência, em Vitória, lamentou a situação. Na versão dela, o homem chegou a colocar a faca no pescoço diversas vezes, ameaçando matar a filha.
Ela contou sobre a aflição que viveu, durante as 16 horas em que o pai ficou com a menina. “Ele pegou uma faca pequena falando que iria enfiar nela. Eu e minha outra filha começamos a gritar, então as pessoas viram e chamaram a polícia e todo mundo ficou desesperado. Essa atitude só deixou ele ainda mais agitado, não parava de fazer ameaças. Achei que ele mataria minha filha”, contou.
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Todo o relato apresentado pela mulher, vai de acordo com as afirmações dos investigadores sobre o desequilíbrio do agressor. Para o Major Rogério, comandante da Companhia Independente de Missões Especiais (Cimesp), que comandou o resgate, o indivíduo era mentalmente perturbado.
“A maior dificuldade foi a instabilidade emocional do causador do evento crítico. Tratava-se de um indivíduo mentalmente perturbado, que ao longo do processo de negociação, aparentava aceitar as condições de rendição […] mas, de uma hora pra outra a situação zerava. De uma situação de calma, ele entrava em uma situação de extrema instabilidade emocional e esse foi o fator mais difícil que a nossa equipe de negociadores teve que enfrentar ao longo do processo”, explicou.
O resgate foi bem sucedido e a bebê foi liberada depois de quase 17h mantida refém. Ninguém se feriu e o pai foi encaminhado para o presídio.