Tiroteios tem tirado a paz de moradores e comerciantes do Bairro da Penha, em Vitória. Na noite de quarta-feira (24) policiais estiveram no local e foram recebidos à tiros durante patrulhamento.
Segundo a polícia, uma equipe de militares realizava uma ronda de rotina quando passavam pela rua Tenente Setubal e avistam um rapaz com uma arma na mão. Ao perceber a presença dos militares, ele atirou algumas vezes. Os policiais revidaram e o suspeito fugiu para uma escadaria.
Este não é um caso isolado. A região do Bairro da Penha tem sido palco de vários confrontos entre criminosos e a polícia. No último final de semana, a polícia militar foi a região averiguar uma denúncia de um baile funk clandestino que acontecia na comunidade. Quando eles chegaram no ‘Beco 2’, local conhecido pelo intenso tráfico de drogas, encontraram pelo menos três homens armados, inclusive com armas longas, de grosso calibre.
Os suspeitos, assim que viram os policiais, atiraram contra os militares, que revidaram. Um dos homens foi baleado e morreu. Com ele, foi apreendida uma pistola calibre 9mm, munição e dinheiro. Os outros indivíduos conseguiram fugir.
Recentemente uma operação integrada entre as polícias prendeu mais de 30 pessoas no bairro apreendeu armas e drogas. O secretário de segurança Alexandre Ramalho afirma que faz seu papel e explica o histórico da região:
“Infelizmente são áreas ocupadas desordenadamente, desde a década de 40 e 50, quando havia uma expectativa de emprego na capital, o que atraiu muita gente. Isso foi ficando e a história vai contando o passo a passo da criminalidade. Aí tivemos a fase dos roubos a banco, a fase das fugas de presídios e a fase do tráfico de entorpecentes que permanece até hoje, com ramificações no tráfico internacional, inclusive”.
Segundo o secretário, segurança pública não se faz apenas com a presença policial. “A lei não acalça os menores. A legislação é muito branda para quem está armado, imediatamente ele vai alcançar a soltura e vai voltar para o mesmo local depois. Aí ele vai ter que dar conta daquela arma que ele perdeu, daquela droga que ele perdeu e se ele não der conta, ele vai pagar com a vida. Isso aumenta nossos índices de homicídio que lutamos tanto para reduzir”, completou Ramalho.
* Com informações do repórter Arleson Schneider, da TV Vitória / Record TV