O suspeito de atropelar e matar um idoso no bairro Cidade Continental, na Serra, teve a liberdade concedida pela Justica. No entanto, desde a morte de Francisco Carlos, ocorrida em março de 2022, Márcio Tyrone Conti estava foragido e nunca foi preso.
Para a dona de casa Rita de Cassia Meireles, o tempo não foi capaz de diminuir a saudade que ela sente do marido.
“A vida de um homem que trabalhou a vida toda para criar os filhos bem criados e cuidar da família. Todo mundo sente falta dele e está fazendo muita falta”, afirmou.
Na época do crime, algumas pessoas estavam se desentendendo e Francisco Carlos tentou amenizar a situação e separar a briga. No entanto, antes que fizesse qualquer coisa, ele foi atingido pelas costas por um carro, que era conduzido por Márcio.
Outra mulher foi atingida de raspão. Já o idoso, que tinha 63 anos, chegou a ser socorrido, mas não sobreviveu aos ferimentos.
Desde a morte de Carlinhos, como era conhecido, Márcio Tyrone era considerado foragido da Justiça. Mas em 11 de abril deste ano ele teve a liberdade concedida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), mesmo sem ter passado pela prisão em nenhum momento.
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Na decisão proferida pelo STJ, foram estipuladas medidas cautelares a serem cumpridas por Márcio. Dentre elas, a proibição de deixar a Grande Vitória, ou de mudar de endereço sem comunicar a Justiça.
Além disso, deve permanecer em casa entre 22h e 5 horas. A medida revoltou a família da vítima.
“O que as pessoas estão vendo é o que aconteceu. Não foi um acidente. Ele matou, assassinou, fez de propósito. É uma pessoa ruim. É algo inadmissível essa decisão”, lamenta a esposa.
O advogado de Márcio, Pablo Laranja, disse que o cliente vinha tendo acompanhamento psicológico enquanto era considerado foragido e que não oferece riscos às testemunhas ou a sociedade.
“Márcio não oferece risco. As medidas vêm sendo cumpridas fielmente. Ele retomou seus estudos e está à procura de emprego. Estando ainda em cooperação com a Justiça, comparecerá em todos os atos, como a audiência de instrução”, afirmou.
De acordo com a Polícia Civil, as informações do caso foram divulgadas em coletiva de imprensa em 2 de junho do ano passado, com a conclusão do inquérito policial.
*Com informações do repórter Gabriel Cavalini, da TV Vitória/Record TV