Rubens de Almeida Dias Junior, acusado de matar a ex-namorada Andrielly Mendonça Pereira dos Santos, foi condenado a 31 anos, sete meses e três dias de prisão nesta quarta-feira (29) durante júri popular. O julgamento teve início às 9h e terminou às 18h no Fórum de Vila Velha.
Andrielly foi morta no bairro Planalto, em Vila Velha, no dia 4 de março do ano passado. O crime aconteceu na frente da filha da vítima, de apenas 3 anos, dentro do apartamento em que a jovem vivia com o réu.
De acordo com a madrasta da vítima, Odina Mutz dos Santos, a família se sente aliviada com o julgamento. “Nem se ele pegasse 50 ou até 100 anos de prisão nós estaríamos satisfeitos. Nós estaríamos satisfeitos se ela estivesse conosco. Mas ficamos aliviados, porque a justiça foi feita. Traz um certo alívio para a família, porque vamos poder ficar um pouco mais em paz”, diz.
O crime
De acordo com testemunhas, que prestaram depoimento à Justiça e à Polícia Civil, Rubens era muito ciumento e não teria aceitado o fim do relacionamento. O fio de carregador utilizado para a asfixia de Andrielly era do celular que a vítima tinha acabado de ganhar.
Após o crime, Rubens deixou o local com a filha da vítima. A criança foi deixada na casa de parentes. Horas depois, Rubens conversou com o pai da vítima por mensagem. “Fomos embora nos beijando, ouvindo música alta. Chegamos em casa ela fez a bebê dormir e sentou no sofá falando que aquele ex dela era isso e aquilo. Eu disse, Dri a gente combinou de não falar disso. Ela foi para a cozinha gritando dizendo que ia me denunciar para a polícia e já veio com faca… Consegui segurar ela em um mata Leão, tirar a faca da mão e levei ela até o quarto. Lá ela desmaiou e caiu com a cabeça. Tava respirando normal. Saí fora com a bebê”, disse Rubens na mensagem.
Cinco dias depois do homicídio, o denunciado se apresentou na Delegacia de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM) de Vitória. Rubens segue no Centro de Triagem de Viana.