Rubens de Almeida Dias Junior, acusado de matar a ex-namorada, Andrielly Mendonça Pereira dos Santos, por asfixia, com um fio de carregador de celular, em março deste ano, irá a júri popular, de acordo com decisão da Justiça publicada no último dia 27 de novembro.
Além do anúncio do julgamento, a Justiça não aceitou a tese da defesa de Rubens, que alega que o homicídio aconteceu em situação de legítima defesa, após a vítima tentar atacar o denunciado com uma faca durante uma discussão entre o casal.
O advogado de Rubens, Carlos Henrique Bastos Correia, disse que a defesa não vai recorrer da decisão de júri popular. “O denunciado está preso e não tem interesse em postergar o julgamento. Mas ele contesta a decisão do juiz e afirma que tem provas de que agiu em legítima defesa”, afirmou o advogado.
Na decisão da Justiça, ainda não há data marcada para o julgamento.
O crime
Andrielly Mendonça Pereira dos Santos, de 20 anos, foi morta no bairro Planalto, em Vila Velha, no dia 4 de março deste ano. O crime aconteceu na frente da filha da vítima, de apenas 3 anos, dentro do apartamento em que a jovem vivia com o denunciado.
De acordo com testemunhas, que prestaram depoimento à Justiça e à Polícia Civil, Rubens era muito ciumento e não teria aceitado o fim do relacionamento. O carregador utilizado para a asfixia era do celular que a vítima tinha acabado de ganhar.
Após o crime, Rubens deixou o local com a filha da vítima, que foi entregue na casa de parentes. Cinco dias após o homicídio, o denunciado se apresentou na Delegacia de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM) de Vitória. Rubens segue no Centro de Triagem de Viana.
Uma audiência de instrução do caso aconteceu no mês de julho. Na ocasião, o Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) determinou que Rubens seria julgado pelo homicídio de Andrielly.