Acusado de matar a tiros o policial rodoviário federal João Miguel Sacramento na madrugada do dia 30 de março deste ano, Jhon Reco Alves de Araújo será submetido a Júri Popular. O assassinato ocorreu dentro de um veículo estacionado na Mata da Praia, em Vitória.
Segundo os autos, o acusado teria efetuado disparos contra a vítima após a mesma ter se recusado a pagar a quantia por um programa. Por esta razão, Jhon teria pegado a arma do policial e efetuado quatro disparos contra João, para depois ir a uma “boca de fumo” tentar vender a arma da vítima.
O acusado responde por homicídio duplamente qualificado – por motivo fútil e sem possibilidade de defesa – e por furto. “A vítima foi pega de surpresa em um momento de distração, quando o acusado conseguiu tomar posse da arma que estava no assoalho do veículo, perto do pedal”, concluiu o juiz da 1ª Vara Criminal de Vitória, Eneas José Ferreira Miranda, em sua sentença de pronúncia.
Relembre o caso
O corpo do policial foi encontrado nu, dentro do carro, com duas perfurações na região da cabeça. A arma do policial foi encontrada pela Polícia Civil cinco dias após o crime. Apesar de estar com a numeração raspada, após exame de balística, ficou comprovado que era mesmo a arma usada no crime. O travesti teria vendido a arma por R$ 600 para um suposto traficante, para pagar uma divida de drogas.
Jhon foi apontado desde o começo das investigações como o principal suspeito do crime. Ele foi preso dentro de casa, no bairro Jabour, em Vitória, no dia em que o corpo do policial foi encontrado. No dia 31 de março, a polícia analisou imagens de câmeras de videomonitoramento da região onde o policial rodoviário foi morto. Dias depois da prisão, Jhon confessou o assassinato e afirmou ter ido ameaçado de morte pela vítima.
