Crime na Serra

Adolescente suspeita de matar o irmão já teve surto psicótico, diz psiquiatra

Vizinhos e familiares da adolescente disseram que ela estava em surto e tinha transtornos mentais

Viatura Polícia Militar PMES
Foto: Thiago Soares/Folha Vitória

Um psiquiatra que realizava os atendimentos da adolescente de 15 anos, suspeita de ter matado o irmão de 7 anos na Serra, afirmou que atendeu a jovem durante um episódio de surto psicótico há cerca de um ano.

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Para a reportagem da TV Vitória/Record, Rafael Mazzini relatou que há cerca de um ano atendeu a menina durante um episódio de surto.

Era um quadro psicótico agudo, que é um pouco parecido do que aconteceu. Ela passou por tratamento adequado, recebeu a tratativa certinha de dar o seguimento nos dispositivos da rede”, disse o psiquiatra.

Ainda de acordo com o médico, os quadros psicóticos podem acontecer com um indivíduo que sofre de um transtorno mental e está sem os medicamentos.

“Nos quadros psicóticos agudos, a gente espera que a paciente tenha um distanciamento da realidade. Muitas vezes com um pensamento delirante, que é incompatível com a realidade, que podem levar a pessoa a fazer algumas coisas sem a sua percepção, como ter uma escuta de voz que pode levar a pessoa fazer algo sem controle pleno das suas ações”, explica o psiquiatra.

Adolescente é suspeito de matar o irmão

A irmã cuidava do irmão no momento em que a mãe trabalhava como faxineira. Segundo informações preliminares de vizinhos e familiares, a adolescente estava em surto e já tinha transtornos mentais.

Após o crime, a adolescente foi levada ao Hospital Infantil e Maternidade Alzir Bernardinho Alves, em Vitória, sob escolta policial. Uma equipe do Samu foi acionada para prestar os primeiros-socorros para o menino, mas a criança não resistiu e morreu.

A mãe passou mal com a situação e foi encaminhada para atendimento médico. Segundo a Polícia Civil, a adolescente foi encaminhada ao Centro Integrado de Atendimento Socioeducativo (Ciase).

Os nomes, assim como o bairro onde aconteceu o caso, não serão divulgados para preservar a identidade dos envolvidos, conforme determina o Estatuto da Criança e do Adolescente (Ecriad).