O advogado dos familiares de Kauã Salles Butkovsky, de 6 anos de idade – assassinado junto com o irmão Joaquim Alves, de 3 anos, no dia 21 de abril – foi habilitado pela Justiça como assistente do Ministério Público no processo que julga os réus Georgeval Alves Gonçalves e Juliana Salles, pelos crimes de duplo homicídio, estupro de vulnerável e fraude processual.
Na última quarta-feira (07), a justiça determinou a liberdade provisória de Juliana Salles, mãe das vítimas. A pastora, que cumpria pena no Centro Prisional Feminino de Cariacica (CPFC), deixou o presídio na madrugada desta quinta-feira (08). O advogado da família de Kauã, Siderson Vitorino, se posicionou sobre a decisão, alegando que ” [a decisão] causa estramento para a família, além de transtorno para a aplicação da lei penal, porque ela tem acesso às testemunhas do processo”.
O advogado, que agora é assistente da acusação, foi intimado pela justiça a comparecer a audiência que acontecerá no dia 27 de novembro, em Linhares.
Liberdade provisória
A decisão judicial de liberdade provisória para Juliana Salles foi proferida pelo juiz responsável pelo caso, André Bijos Dadalto, da 1ª Vara Criminal de Linhares, na última quarta-feira (07).
O pedido de revogação da prisão foi feito pela defesa de Juliana, durante audiência realizada no dia 23 de outubro, em Linhares, com base nos depoimentos e nas provas produzidas. Georgeval Alves continua detido no Centro de Detenção Provisória de Viana II.
No texto da decisão, o magistrado determina o cumprimento de algumas medidas, como a proibição de mudar de residência; não sair de casa no período noturno; não fazer uso de bebida alcoólicas, entre outros.
Protesto
Após a saída de Juliana do Centro Prisional Feminino de Cariacica (CPFC), familiares de Kauã fizeram um protesto na avenida Florentino Avidos, na manhã desta quinta-feira (08), no Centro de Vitória.