O grupo de advogados responsável pela defesa do pastor George Alves protocolou, nesta sexta-feira (04), um pedido, junto à Polícia Civil, para que seja realizado uma perícia particular na residência onde os irmãos Joaquim Alves Sales, de 3 anos, e Kauã Sales Burkovsky, de 6, morreram carbonizados, no último dia 21, em Linhares, norte do Estado.
Uma advogada que pertence a esse grupo informou que o delegado responsável pelo caso ainda não decidiu se essa nova perícia poderá ser realizada e também não deu previsão de quando essa decisão será tomada.
Até o momento, a Polícia Civil já realizou cinco etapas na perícia na casa onde ocorreu a tragédia. Em uma delas, os peritos encontraram, com o auxílio de luminol, vestígios de sangue no quarto dos dois irmãos. Também foi realizada uma perícia dentro do carro utilizado pelo pastor George – pai de Joaquim e padrasto de Kauã.
Inquérito
Os advogados que defendem George Alves estiveram na 16ª Delegacia Regional de Linhares, na tarde desta sexta-feira. Além de protocolarem o pedido para a realização da perícia particular na residência onde aconteceu a tragédia, eles conseguiram ter acesso a uma cópia do inquérito policial referente à investigação do caso.
George está preso em uma cela separada no Centro de Triagem de Viana desde o último sábado (28), onde cumpre mandado de prisão temporária. A Justiça decretou a prisão do pastor por 30 dias, para evitar que ele atrapalhe nas investigações.
Reunião
Também nesta sexta-feira, porém no período da manhã, peritos e militares do Corpo de Bombeiros se reuniram com o delegado responsável pela investigação da morte dos dois irmãos, Romel Pio de Abreu Júnior. Também participaram da reunião o chefe do Departamento Médico Legal de Vitória, Vanderson Lugão, e o comandante do Corpo de Bombeiros de Linhares, Tenente Coronel Ferrari.
A reunião, que começou por volta das 9h30 e terminou pouco antes das 13 horas, foi realizada para traçar os novos passos da investigação.
Depoimentos
Na manhã de quinta-feira (3), a pastora Juliana Salles, mãe de Joaquim e Kauã, prestou depoimento na Delegacia Regional de Linhares. Após cerca de quatro horas, Juliana saiu da delegacia aos prantos e sem falar com a imprensa. No mesmo dia, também prestou depoimento um homem ligado à família e que seria dono do carro usado pelo pastor George Alves.