A Secretaria de Justiça do Espírito Santo (Sejus) informou que a greve de fome iniciada por alguns detentos da Penitenciária de Segurança Máxima 1, em Viana, na última segunda-feira (22), foi encerrada nesta sexta-feira (26).
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Entretanto, no início da tarde, familiares de alguns detentos realizaram uma passeata “pelos direitos humanos” saindo da antiga praça de pedágio da Terceira Ponte, em Vitória.
Durante a manifestação, segundo a Guarda Municipal de Vitória, não foram registrada alterações no trânsito da Capital.
No final da noite de quinta-feira (25), a Sejus havia informado que a greve de fome já estava perdendo força e os detentos estavam voltando a receber a comida.
“Internos de algumas galerias da Penitenciária de Segurança Máxima 1, em Viana, iniciaram uma greve de fome na segunda-feira (22). Esse movimento já está perdendo força e deve evoluir para o fim nas próximas horas, tendo em vista que muitos detentos não se recusam mais a receber a alimentação”, disse a Sejus por nota na quinta.
A Sejus informou que recebeu representantes do presídio na quinta-feira e que mantém diálogo com representantes de órgãos ligados ao sistema de justiça e direitos humanos, além de manter contato com familiares dos próprios detentos.
Ainda de acordo com a Sejus, a entrega de itens de higiene, alimentação e de vestuário aos detentos segue normal no local, e não havia sido interrompida durante a greve de fome.
“A Secretaria reitera que as ações realizadas na unidade são acompanhadas pelos órgãos da execução penal e de Direitos Humanos e que os procedimentos adotados seguem as diretrizes da Lei de Execução Penal e os princípios da dignidade humana”, afirmou a Sejus.
O que diz o Ministério Público
Procurado pela reportagem, o Ministério Público do Espírito Santo (MPES) informou que estava acompanhando a greve e agindo em parceria com outras instituições para solucionar a questão no presídio.
Além disso, afirmou que é necessário manter as condições para que os detentos possam cumprir suas penas e que a segurança dos servidores do sistema prisional seja resguardada.
A Secretaria de Estado de Direitos Humanos (Sedh) foi procurada para comentar o caso, mas até o momento, sem resposta. O espaço continua aberto e a matéria será atualizada assim que houver retorno.
Início da greve de fome
O protesto teve início após um tumulto durante o horário de visitação social, quando detentos de alguns pavilhões se recusaram a retornar às suas celas após o horário de visitação no sábado, dia 20 de janeiro.
A Sejus informou que policiais penais precisaram utilizar munição não letal para conter a confusão, mas alguns dos detentos deram início ao protesto, por conta da confusão.
À época, um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) foi instaurado para investigar o motivo da confusão e punir os responsáveis, de acordo com a Sejus.
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