Durante exame

Após queimadura no pé de bebê em hospital, família cobra respostas

A bebê se recuperou, mas a família ainda enfrenta a angústia da falta de respostas sobre o caso, que segue sob investigação

Pé queimado bebê
Foto: Arquivo Pessoal

Com apenas 17 horas de vida, a pequena Solara Groner Camilo, atualmente com 5 meses de idade, sofreu queimaduras de segundo grau no pé durante um exame de glicemia realizado em um hospital da Grande Vitória.

A bebê se recuperou, mas a família ainda enfrenta a angústia da falta de respostas sobre o caso, que segue sob investigação. A queimadura aconteceu enquanto o pai da criança, o pintor Michael Steeven, estava presente.

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O pai contou tudo o que aconteceu com a filha, 17 horas após o nascimento.

Ela entrou no quarto por volta de 6h, tirou os pés da neném, falou que o pé estava frio. Aí ela pegou uma vasilha de inox, foi ao chuveiro quente, encheu de água, pegou o pé da criança e enfiou dentro. A criança gritou e chorou, e a enfermeira furou para o sangue sair. Ela falou que tava saindo sangue do pé dela, mas na verdade era a reação da queimadura. A enfermeira furou novamente e o exame deu certo, mas, depois, as bolhas aumentaram. Após isso, o quarto do hospital encheu de médicos e residentes para ver o que estava acontecendo, relembra o pintor.

Cirurgião plástico examinou a queimadura

Após cinco dias internada, Solara foi avaliada por um cirurgião plástico. Posteriormente, precisou ser transferida para o Hospital Infantil de Vitória.

Antes de retomar o tratamento do pé queimado, os médicos precisaram tratar um problema no intestino. A bebê ficou internada por 18 dias até a recuperação total.

Michael descreve a aflição ao acompanhar cada troca de curativo e ida ao centro cirúrgico.

“Já levaram a minha filha para a Utin e ficaram esperando cinco dias para fazer uma cirurgia plástica. O médico falou que foi uma queimadura de 2° grau, e que precisava retirar a pele morta e fazer curativo. Além disso, ele falou que não trabalhava com criança e que ela deveria ser levada ao Hospital Infantil, disse o pai.

Pai afirma não ter sido ouvido pela polícia

Mesmo com um boletim de ocorrência registrado e um laudo médico que atesta a causa do ferimento, o pai da criança afirma que ainda não foi ouvido pela polícia.

“A gente sente uma sensação de impotência, pois nada foi feito. Eu tenho prontuário, tenho boletim de ocorrência, e nada foi feito”, desabafa Michael.

Enfermeira foi advertida após incidente

Em nota, o hospital onde o ferimento ocorreu informou que a enfermeira responsável foi imediatamente advertida, e todos os profissionais da equipe passaram por treinamento para reforçar o protocolo de aquecimento do pé do recém-nascido antes do exame de glicemia.

O Conselho Estadual de Enfermagem também foi acionado e iniciou uma investigação após contato da produção da TV Vitória/Record.

A Polícia Civil informou que o caso está sob sigilo.

Com informações do repórter Vitor Zucolotti, da TV Vitória/Record