O armeiro do tráfico, preso por policiais do Departamento Especializado de Narcóticos (Denarc) em uma oficina clandestina, era altamente especializado em confeccionar submetralhadoras, inclusive dessas menores fabricadas na Rússia e Israel. A afirmação foi feita pelo delegado-geral da Polícia Civil, Darcy Arruda, durante coletiva de imprensa nesta terça-feira (17).
A polícia estima que o homem pode ter feito pelo menos 200 armas em um período de seis meses. O armeiro foi identificado como José Batista Jesus da Costa, de 40 anos.
A oficina funcionava nos fundos da casa do suspeito, no bairro de Cobilândia, em Vila Velha. José Batista, conhecido como “Bahia”, abandonou a profissão de torneiro mecânico para produzir armas.
Durante coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (17), a polícia afirmou que o aumento do número de arma apreendidas em Vila Velha chamou a atenção da equipe. O suspeito conseguiu modernizar a fabricação dessas armas, que possuem seletor de rajadas.
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“Nessas submetralhadoras, geralmente a forma de atirar é em rajada e ele conseguiu com equipamentos modernos adaptar essas armas, fazer com que os usuários da arma tivessem a opção de atirar tanto como rajada, quanto tiro a tiro”, disse Larissa Lacerda, delegada do 2° Denarc.
O suspeito vivia no local com a mulher e os filhos. “Ele estava trabalhando, as armas estavam escondidas nos equipamentos dele, em esteiras, e ele estava mexendo nos acessórios das armas”, disse a delegada sobre o momento em que os agentes chegaram na casa do criminoso.
Larissa alegou que a equipe identificou grandes traficantes, chefes de liderança do tráfico de Cariacica e Vila Velha, que eram clientes desse armeiro.
“Foi retirado da rua um armeiro altamente especializado em confeccionar submetralhadoras, inclusive dessas menores fabricadas na Rússia e Israel. Então, ele pega essas metodologias e transforma para uma semi-industrial”, disse Darcy Arruda, delegado-geral da Polícia Civil.
O suspeito disse à polícia que estava trabalhando nessa produção há cerca de seis meses. “No último mês ele informou que produziu cerca de 30 armas. Então, a gente estima que ele produziu nesses últimos 6 meses centenas de armas, ´podendo a chegar a 200 armas”, confirmou Larissa Lacerda.
Foi uma importante prisão para a Polícia Civil, que investiga ainda um motoboy, que faria o serviço de entrega dessas armas com uma mochila de entrega de lanches. O suspeito foi preso de forma preventiva.
“Ele foi preso em flagrante de delito e, na audiência de custódia, a prisão foi convertida em preventiva Ele segue preso”, alegou a delegada.
*Com informações da repórter Rafaela Freitas da TV Vitória/ Record TV