Dois jovens foram detidos, nesta quarta-feira (07), suspeitos de roubar o celular de uma jovem no bairro São Francisco, em Cariacica. No entanto, após a dupla ser levada para a delegacia, o comportamento dos dois chamou atenção. Em forma de música, os suspeitos mandaram um recado para a justiça e para a sociedade: vão voltar às ruas e continuar cometendo assaltos.
Um dos detidos é Felipe Amorim Sérgio, de 22 anos, que cumpre pena por roubo e, há mais de 3 anos, é monitorado por tornozeleira eletrônica. Já o segundo envolvido foi identificado como Murilo Vidal Barbosa da Silva, de 18 anos, que também tem passagens pela Justiça.
Murilo contou que passou os últimos meses na unidade de internação provisória, em Cariacica, onde atingiu a maioridade. Contra ele existe ainda um mandado de prisão em aberto, expedido no início do mês, por roubo.
A vítima do assalto foi uma jovem de 24 anos. Ela contou à polícia que caminhava em direção a um ponto ônibus e, de repente, foi abordada por dois homens num carro azul. Um deles disse estar armado e exigiu o celular. Ela entregou o aparelho. A ação foi flagrada por funcionários de um lava jato, que acionaram a polícia.
Militares que faziam patrulhamento na região localizaram o carro suspeito. Felipe era quem estava dirigindo o veículo. Mas os dois não estavam com o celular da vítima. O aparelho foi abandonado pelos criminosos logo após o assalto. Os suspeitos foram reconhecidos pela vítima.
O veículo usado durante o assalto não possuía restrição de furto e roubo. O celular roubado foi recuperado.
A Secretaria de Estado da Justiça informou que, atualmente, 144 pessoas são monitoradas por meio de tornozeleiras eletrônicas no ES e vigiadas 24h por funcionários treinados em uma central de videomonitoramento. A Sejus a que disse também que Felipe Amorim Sérgio deu entrada no sistema prisional no dia 13 de novembro de 2015, sob acusação de roubo, e foi liberado, na mesma data, por decisão da justiça. Desde então, era monitorado eletronicamente.
Por nota, a Sejus disse que a determinação do uso da fiscalização eletrônica é definida pelo Poder Judiciário e a maior parte das determinações não prevê prisão imediata em caso de descumprimento das regras. Nesses casos, quando o monitoramento é interrompido, o fato é comunicado ao Poder Judiciário. Se houver determinação de prisão imediata em caso de interrupção, a Polícia Militar é acionada para realizar a recaptura do preso. A Sejus informou ainda que Murilo Vidal Barbosa da Silva não consta da lista de ex-detentos do sistema prisional.
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