Uma criança recém-nascida foi usada como escudo humano pelo próprio avô, um homem de 41 anos, para não ser preso pelo polícia, em Guarapari. O homem era suspeito de furtar uma loja de materiais de construção.
De acordo com a Polícia Civil, o homem apresentou resistência à prisão no momento em que policiais foram até sua casa.
“Indo muito mais além nesses atos de resistência, o suspeito pegou o neto recém-nascido pelos braços, agarrou-se a ele e passou a gritar dizendo para que os policiais que procuravam detê-lo ‘atirasse’ nele. Em outras palavras, o indivíduo usou o próprio neto como ‘escudo humano’, com o qual pretendia evitar o avanço da ação policial”, informou o delegado Guilherme Eugênio, titular da Deic de Guarapari.
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Ainda de acordo com o delegado, o homem, que já tinha outras passagens na Justiça por furto, roubo e violência doméstica, se recusou a largar o neto.
Somente depois de alguns momentos de embate, sendo necessário o uso da força, o suspeito finalmente soltou o recém-nascido.
Como a polícia chegou até o suspeito?
A polícia chegou até o suspeito após uma operação da Delegacia Especializada de Narcóticos (Denarc) de Guarapari. O alvo da ação seria outro homem de 33 anos, suspeito de revender equipamentos furtados nas redes sociais.
Os policiais marcaram um encontro com o suspeito em via pública, fingindo interesse no produto. Na ocasião, o indivíduo, que já tinha passagens por tráfico de drogas no Estado do Rio de Janeiro, foi preso e não ofereceu resistência.
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Questionado de onde teria vindo o objeto furtado, o suspeito informou que o indivíduo que furtou os equipamentos da loja, seria seu vizinho de 41 anos. Após obter as informações, a equipe policial, com o detido, se dirigiu até a casa do outro homem.
De acordo com a Polícia Civil, o suspeito vai responder, além do furto, pelos crimes de sequestro, resistência e exposição à vida alheia. Já o segundo investigado, vai responder por receptação.
Ambos foram encaminhados ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Guarapari, onde permanecem à disposição da Justiça.