Um taxista de Cariacica viveu momentos de pânico durante um assalto na última segunda-feira (14). Além de ter uma arma apontada para a cabeça, a vítima teve um sonífero injetado no pescoço e só acordou cinco horas depois no hospital.
O motorista, que prefere não se identificar, trabalha no ponto da praça do bairro Campo Grande. Segundo o taxista, um homem se aproximou, perguntou se ele estava livre e entrou no banco de trás do táxi. A corrida seria para o bairro Maracanã, mas no meio do caminho, o assalto foi anunciado. “Ele perguntou pra mim qual que era melhor, morrer com um tiro ou morrer de morte natural. Eu disse que nenhum dos jeitos presta e perguntei por que ele me fez essa pergunta. Ele disse que não queria me assustar”, conta.
O assaltante colocou uma arma na nuca do motorista e, com a outra mão, injetou uma espécie de sonífero no pescoço da vítima. “Ele apontou um negócio do meu lado direito, como se fosse um revólver, e com a outra mão, ele injetou um negócio em mim. Com uns 15 minutos, eu apaguei, não vi mais nada”, relata o taxista.
Antes de “apagar”, o taxista conseguiu pedir socorro. Ele contou que, depois disso, acordou no hospital. Os médicos disseram ao motorista que ele teve uma parada cardíaca e precisou ser transferido.
Essa não foi a primeira vez que o taxista é alvo de um assalto. Ele conta que já foi rendido 14 vezes e que jamais espera passar por situação parecida novamente. “A gente não sabe se a coisa era descartável, se nunca foi usada ou se já tinha sido usada. O médico disse que vou precisar fazer vários exames para verificar se não fui infectado. Agora, vou tomar cuidado ao pegar corridas de pessoas suspeitas. O meu mal foi deixar o cara sentar atrás de mim, normalmente eu não deixo”, afirma.