Na Serra, bandidos fizeram uma arrastão em um ônibus do sistema Transcol. Segundo testemunhas, os suspeitos roubaram celulares e documentos das vítimas.
Uma delas era a dona de casa Neilza Freire, que estava com a filha no momento do crime. Há mais de 20 anos ela foi diagnosticada com Glaucoma e não enxerga mais. Foi a filha que a alertou quando os suspeitos embarcaram no ônibus. Dona Neilza teve todos os documentos levados pela dupla criminosa.
O coletivo da linha 851, saiu de Vitória e seguia para a região de Serra Sede. O transporte estava cheio e, na altura de Nova Carapina, na BR-101, a viagem ficou tensa.
Testemunhas contaram que os bandidos acenaram para subir no coletivo. Ao embarcarem, um deles pulou a roleta enquanto o outro já tirou a arma e apontou para a cabeça do motorista o ameaçando para que não atrapalhasse a ação deles.
12 celulares e bolsas
O suspeito que pulou para o outro lado do Transcol, foi recolhendo os pertences, celulares, documentos e bolsas das vítimas. A dupla fez a limpa e, ao todo, roubou 12 aparelhos eletrônicos e pelo menos três bolsas.
Uma das vítimas conseguiu rastrear o próprio aparelho e informou à polícia a localização em tempo real do possível paradeiro dos criminosos que apontava para Campinho da Serra.
Entretanto, segundo a polícia, o rastreio em tempo real parou de ser atualizado e o trabalho da PM ficou um pouco mais difícil. Os suspeitos ainda não foram localizados.
Vítima depende de documento para viajar e fazer exames
A dona de casa que estava no ônibus e é deficiente visual está bastante preocupada com o que aconteceu e, por conta da deficiência que tem, precisa fazer viagens interestaduais para consultas frequentes. Para isso, é necessário que ela apresente a carteirinha federal que comprova a cegueira, mas os papéis estavam dentro da bolsa levada pelos criminosos.
“É muito difícil isso pra gente. Lutamos tanto pra ter as coisas e vem uma pessoa e leva tudo sem mais nem menos”.
Neilza tem esperança de encontrar os documentos levados no assalto. “Que Deus toque no coração deles e eu consiga pelo menos achar os documentos. Tem muito documento. Pra mim é muito difícil correr atrás. Tinha documento de Brasília”.
Algumas vítimas registraram o boletim de ocorrência no DPJ de Laranjeiras. Até o momento, segundo informações passadas para as vítimas, nada foi recuperado.
A Polícia Civil informou também que o caso será investigado pela Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes contra o Transporte de Passageiros.
*Com informações da repórter Nathália Munhão, da TV Vitória / Record TV.