Dois criminosos se passaram por alunos para assaltar uma escola particular no bairro Bento Ferreira, em Vitória. Os dois suspeitos usaram uniformes e carregaram livros para entrar na escola e não chamar a atenção dos estudantes e funcionário da instituição.
Câmeras de videomonitoramento da unidade de ensino registraram a ação dos suspeitos, ocorrida na última sexta-feira (06). Eles entraram na escola pouco depois do meio-dia, ambos uniformizados. Um carregava uma apostila e o outro uma mochila.
Os dois seguem diretamente para o setor financeiro da escola. No entanto, antes de entrarem na sala, os suspeitos ficam na recepção por mais de dez minutos, observando o movimento.
Em determinado momento, um dos criminosos tenta entrar no setor financeiro, mas é impedido por uma funcionária. Ele, no entanto, não desiste e entra por outra porta, já que as salas são interligadas.
“Eu recebi uma ligação da escola me pedindo para vir para cá e acabou a bateria do meu celular. Vim imediatamente, cheguei na escola e fui surpreendida com funcionários no portão me abordando e dizendo que nós tínhamos sido assaltados”, disse a diretora da instituição, que preferiu não se identificar.
Os bandidos foram rápidos na ação. O que entrou no setor restrito sacou uma arma e rendeu a funcionária. Em seguida, começou a revirar as gavetas em busca de dinheiro. Pelo balcão, ele entregou bolos de notas para o comparsa, que ficou do lado de fora. Em menos de cinco minutos, os bandidos fogem pelo pátio sem levantar suspeitas.
O valor levado pelos criminosos não foi divulgado. A unidade ensino oferece cursos técnicos, tem mais de 1,5 mil alunos e, segundo a diretora, nunca havia sido assaltada até então.
Segurança
O roubo levou a direção a mudar o sistema de segurança da escola. Agora existe um funcionário que passa o dia vigiando os monitores das câmeras de segurança. Já as portas do setor financeiro serão substituídas por portas eletrônicas. A instituição estuda também uma forma de controlar a entrada de alunos.
No entanto, segundo a diretora, todo esse aparato não apaga o trauma vivido na ultima sexta. “Nós temos medo porque trabalhamos com muita gente. Sem dúvida nenhuma, todo mundo fica acuado, sempre imaginando que aquilo pode acontecer. Apesar de a gente estar reforçando agora a segurança, fica um certo medo”, afirmou.