Vitória deu o exemplo e outras capitais brasileiras começaram a adaptar a tecnologia para prevenir casos de violência contra a mulher. A Justiça de Campo Grande lançará, no próximo dia 7 de novembro, um protótipo do Dispositivo de Segurança Preventiva – o chamado Botão do Pânico. O dispositivo surgiu como forma de preencher uma lacuna na legislação no que tange à fiscalização dessas medidas.
Na capital sul-mato-grossense, o sistema funcionará por meio de aplicativo de celular, que será instalado nos aparelhos de cerca de 200 mulheres que possuem medidas preventivas contra ex-maridos e companheiros.
Em Vitória, o Botão do Pânico é um alarme com aparelho de GPS que emite um alerta quando é acionado, informando que o agressor se aproximou da mulher. O áudio de toda a ameaça começa a ser gravado e a central de monitoramento da Prefeitura recebe o chamado com o endereço e os dados do agressor. Imediatamente a Patrulha Maria da Penha – que ganhou o nome em homenagem à mulher que batizou a lei – é enviada ao local.
Segundo a Coordenadoria Estadual de Enfrentamento à Violência Doméstica do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), desde 2008, foram requeridas 5,8 mil medidas protetivas de urgência na Vara de Violência Doméstica de Vitória.
O Botão do Pânico está disponível a 100 mulheres capixabas, desde sua implantação em 2013. Nesses dois anos, o dispositivo foi acionado 16 vezes, o que resultou em dez prisões de agressores. O tempo médio entre o chamado da vítima e a chegada da patrulha é de 6,5 minutos. O TJES estuda expandir o projeto a outras cidades do Estado.