Polícia

Briga entre moradores em situação de rua termina em morte em Jardim da Penha

Um deles, que era deficiente visual, foi atingido pelo outro com um soco no rosto e bateu a cabeça em uma porta. Ele ainda foi socorrido, mas não resistiu

Foto: TV Vitória
Segundo testemunhas, Mario José de Lima morreu após ser agredido com um soco e bater a cabeça na porte de uma agência bancária na Avenida Dante Michelini, em Jardim da Penha

Uma briga entre moradores em situação de rua terminou com um deles morto, na tarde desta segunda-feira (09), na Avenida Dante Michelini, em Jardim da Penha, Vitória. A vítima, identificada como Mario José de Lima, teria levado um soco e batido a cabeça na porta de uma agência bancária da região. Ele ainda foi socorrido, mas não resistiu.

A confusão aconteceu exatamente em frente à agência. De acordo com testemunhas, Mario era deficiente visual e usava uma bengala. No momento da discussão, o suspeito teria jogado a bengala da vítima na calçada e, em seguida, a agredido. As próprias testemunhas acionaram a Polícia Militar e o Samu.

Segundo policiais, socorristas do Samu ainda tentaram reanimar Mario, porém sem sucesso. A polícia conseguiu prender o agressor, que foi levado para o Departamento Especializado de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Segundo a polícia, ele vai responder por lesão corporal seguida de morte.

Já o corpo da vítima foi levado para o Departamento Médico Legal (DML) de Vitória. Até o início da noite desta segunda-feira, nenhum familiar dele havia ido ao local para fazer a liberação do corpo.

Um comerciante da região, que preferiu não se identificar, disse que presenciou parte da briga. “Cheguei a pegar uma parte deles já discutindo, mas, como é de rotina, eu saí de perto”, relatou.

Segundo o comerciante, que trabalha na região há mais de dez anos, a vítima era conhecida no bairro por sempre se envolver em confusões. “Ele brigava com qualquer um que chegasse ali para pedir. Os moradores também, já vi ele bater em morador. Eu mesmo, se eu me recusasse a dar as coisas. Já cheguei a recusar e ele quis me bater”, contou.