De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (Sesp) do Espírito Santo, de janeiro a julho deste ano foram aproximadamente 92 mil trotes passados ao Centro Integrado Operacional de Defesa Social (Ciodes).
Isso significa uma queda de quase 40 mil ligações em relação ao mesmo período do ano passado. No entanto, mesmo com a redução, o capitão Rony Natale Pereira, da assessoria do Ciodes, afirma que não há o que comemorar. “Isso é bastante prejudicial para o nosso trabalho. Às vezes você deixa de atender uma pessoa que realmente tem uma demanda real e perde tempo com alguém que está mentindo”, disse.
O primeiro atendimento feito à população por meio do 190 é terceirizado e pago pelo Governo. Ou seja, quando um trote é realizado, quem fica no prejuízo é o próprio cidadão. “O Estado paga por isso, na verdade, é o imposto do cidadão que é revertido em contratação desse efetivo que realiza o atendimento”, explica.
Além do impacto financeiro para a sociedade, o autor do trote pode estar cometendo crime. “É uma atividade ilícita quando você dá a notícia falsa de um crime. Pedimos para que os pais que se preocupem com o que os filhos estão fazendo pois observamos uma quantidade grande de crianças passando trote”, finaliza.
Com informações da repórter Talita Carvalho, da TV Vitória/Record TV.