Polícia

Câmeras em fardas de PM começam a operar ainda em fevereiro

Previsão é que o procedimento operacional padrão seja definido até a terceira semana para o início da operação

Sesp adquiriu 200 equipamentos e iniciou o projeto piloto ainda em 2024. (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)
Sesp adquiriu 200 equipamentos e iniciou o projeto piloto ainda em 2024. (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

Os policiais militares do Espírito Santo começarão a usar câmeras nas fardas ainda em fevereiro. A implementação dos equipamentos foi anunciada pelo governo do Estado em 2023 e, inicialmente, estava prevista para ser realizada até o fim de 2024.

A Secretaria da Segurança Pública adquiriu 200 equipamentos e iniciou a implementação das câmeras, em um projeto-piloto, ainda no ano passado. As câmeras passaram a ser utilizadas por policiais da 12ª Companhia Independente de Vitória e no Batalhão de Trânsito, que receberam treinamentos durante o período.

De acordo com o subsecretário de Comando e Inovação, Guilherme Pacífico, até a terceira semana de fevereiro deve ser definido o procedimento operacional padrão de utilização. Todo o regramento será divulgado, segundo Guilherme, para que a população tenha acesso à informação.

“A ferramenta chega para aprimorar nossas atividades, ela vem para dialogar com as demais tecnologias existentes, como o cerco inteligência, o reconhecimento facial, a transmissão dessas imagens para o Ciodes, tudo está sendo testado. Ele não para de gravar se estiver chovendo, se parar na água. Todo o regramento será divulgado para que a população tenha acesso a essa informação”.

Como câmeras em fardas policiais vão funcionar?

O subsecretário explicou que quando o policial estiver em atividade, quando houver um acionamento do Ciodes ou em operações, por exemplo, o equipamento será acionado.

As câmeras entram em um modo de gravação full HD para que as imagens tenham melhor qualidade e possam ficar imediatamente armazenadas. Elas não podem ter edições ou alterações, porque o sistema não permite. Isso é a garantia de que o que for feito servirá tanto para ações processuais quanto para aperfeiçoamentos policiais, pontou.

Ainda de acordo com o subsecretário, um grupo de trabalho foi criado para estabelecer os parâmetros do uso da tecnologia a todas as corporações, formatar procedimentos padrão, estabelecer parâmetros para a cadeia de custódia, treinamento de policiais, procedimentos jurídicos e integração tecnológica com demais recursos já utilizados.

“Toda essa construção, estamos fazendo com base em referências mundiais e diretrizes do Ministério da Justiça e Segurança Pública”, afirmou.

A pasta também manifestou interesse em participar de futuras contratações e/ou disponibilização de recursos federais para fins de aquisição da tecnologia.

Foto: Thiago Soares/ Folha Vitória
Gabriel Barros Produtor web
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Graduado em Jornalismo e mestrando em Comunicação e Territorialidades pela Ufes. Atua desde 2020 no jornal online Folha Vitória.